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PPS pede abertura imediata de inquérito contra ex-presidente Lula

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O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), e o líder do partido na Câmara, Rubens Bueno (PR), cobraram nesta terça-feira a abertura imediata, pelo Ministério Público Federal, de inquérito para investigar a atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mensalão. 

Reportagem divulgada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo revela a íntegra de depoimento que o publicitário Marcos Valério, operador do esquema, prestou a um grupo de procuradores da República. Em seu relato, o empresário afirma que Lula recebeu R$ 100 mil do mensalão para pagamento de despesas pessoais, e que autorizou pessoalmente a contratação de empréstimos fraudulentos destinados a comprar parlamentares e garantir sua maioria parlamentar no Congresso.

“Diante das declarações dadas ao Ministério Público não resta outro caminho. É abertura imediata de inquérito”, afirmou Freire, que no dia 6 de novembro, junto com o líder do partido e outros parlamentares da oposição, já havia ingressado com representação na Procuradoria Geral da República pedindo a abertura de investigação para apurar a atuação de Lula como verdadeiro chefe da quadrilha do mensalão.

Freire explica ainda que não há necessidade do partido apresentar um adendo a representação, pois o depoimento de Marcos Valério foi dado diretamente ao Ministério Público. “Eles já tem todos os elementos. Então, é hora de dar início à investigação”, defende o presidente do PPS.

Para Rubens Bueno, a divulgação do teor do depoimento de Marcos Valério agrava ainda mais a situação do ex-presidente. “Lula já estava complicado com o caso da ex-chefe de gabinete da Presidência da República, Rosemary Nóvoa Noronha, sua amiga íntima que foi indiciada pela Polícia Federal por formação de quadrilha num esquema de tráfico de influência e corrupção. Agora vem à tona a confirmação do que já sabíamos: ele era o verdadeiro chefe do mensalão. O lamentável é que, em vez de se explicar à Nação, Lula se esconde no exterior?, critica o líder do PPS.

Para o deputado, cabe agora ao Ministério Público abrir imediatamente uma investigação contra o ex-presidente. “Se ele não quer falar, acabará tendo que prestar depoimento ao Ministério Público. As acusações são graves e envolvem até ameaça de morte. Não há mais como postergar essa investigação”, afirmou Rubens Bueno, se referindo ao fato de Marcos Valério ter revelado que foi ameaçado de morte por Paulo Okamotto, atual diretor do Instituto Lula e amigo do ex-presidente.