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Modernização da agricultura passou de máquinas para capital intelectual

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O Atlas do Espaço Rural Brasileiro, que o IBGE lançpu nesta sexta-feira, mostra que máquinas e insumos agrícolas marcaram a modernização da agricultura, mas na atual fase do processo destaca-se o consumo intensivo de capital intelectual (que congrega uma série de habilidades, competências, informações, conhecimentos, bancos de dados e técnicas). 

Destacam-se, na área, por exemplo: uso de irrigação; municípios com 50% e mais da área colhida com uso de sementes certificada e transgênica; municípios com 50% e mais dos estabelecimentos agropecuários com acesso a assistência técnica; aplicação de plantio direto; produção de eucalipto; estabelecimentos com dimensão acima de 100 hectares, segundo o número de colheitadeiras; e valor da produção da floricultura. 

Na pecuária bovina, destacam-se municípios que apresentam estabelecimentos com transferência de embriões; rastreamento; uso de rações indústrias; e confinamento e inseminação.

Observa-se, por exemplo, a introdução do plantio direto no sistema de preparo do solo e o uso de sementes certificadas e transgênicas na cultura de grãos no oeste da Bahia, no sul do Maranhão e no Piauí. Ao lado do padrão espacial pontual de áreas modernizadas, típico do Nordeste, é visível um padrão contínuo em áreas de alta intensidade de lavoura e pecuária para abastecimento de grandes centros urbanos do país e para exportação, que abrange os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 

O uso de sementes certificadas e transgênicas se destaca em municípios das regiões Sul e Sudeste. A adoção de colheitadeira em grandes estabelecimentos (100 hectares e mais) permite observar uma seleção de áreas com contornos bem definidos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e Goiás.

Já no caso da pecuária, o uso de tecnologias abrange especialmente Mato Grosso do Sul, parte de Minas Gerais e Goiás, além de áreas pontuais no Acre, no Amazonas e no Pará.