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Defesa de Romeu Queiroz (ex-PTB) também explica “verbas de campanha”

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Quarto réu a ser defendido na sessão de julgamento da ação do mensalão, nesta segunda-feira, o ex-deputado Romeu Queiroz — ex-presidente do diretório regional do PTB em Minas Gerais — foi apresentado por seu advogado, Ronaldo Garcia Dias, como empresário “muito bem sucedido” naquele estado, e que serviu apenas como intermediário das três remessas feitas, há mais de sete anos, pelo PT, e uma quarta, de R$ 102.800, pela Usiminas. Todas elas, conforme a defesa, destinavam-se ao financiamento da campanha eleitoral no pleito municipal de 2004.

Romeu Queiroz, conforme a acusação do procurador-geral da República, recebeu — e foi também beneficiário — da remessa de R$ 102 mil da agência SMP&B, de Marcos Valério, que tinha a conta da Usiminas. Ele também foi acusado de ser o condutor das remessas do dinheiro supostamente usado para o pagamento de parlamentares que integravam o esquema do mensalão.

Segundo o advogado do ex-dirigente do PTB, o réu — enquadrado nos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro (quatro vezes) — não podia saber se os recursos enviados pelo PT, e que foram distribuídos para os municípios onde se desenvolviam as campanhas, tinham ou não “origem ilícita”. E citou documentos da Ação Penal 470 que comprovaram o emprego da “contribuição eleitoral” da Usiminas.

Depois de reafirmar que o dinheiro que passou pelo Diretório Regional do PTB em Minas “não veio do subterrâneo e tinha a aparência de origem sadia”, o defensor de Romeu Queiroz lembrou que o seu constituinte passou pelo “crivo” da Câmara dos Deputados, quando foi absolvido em processo contra ele aberto por falta de decoro parlamentar, tendo recebido a seu favor 250 votos num plenário de 442 colegas.