O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça a intervenção da Vitapan Indústria Farmacêutica Ltda., pertencente à ex-mulher e ao ex-cunhado do contraventor Carlinhos Cachoeira. Conforme o MPF, o laboratório ainda opera e estaria irrigando financeiramente o esquema do bicheiro.
Um parecer da Procuradoria Regional da República pede a nomeação de um administrador para tornar viável o funcionamento do laboratório. Caso a Justiça não nomeie um interventor, o MPF pede que os atuais administradores sejam obrigados a prestar contas periódicas à Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
"Os telefonemas mantidos com sua atual mulher e com sua ex-mulher apontam que o contraventor é quem, efetivamente, administra, por meio de sua ex-mulher, Andréa Aprígio, e de seu ex-cunhado, Adriano Aprígio, mesmo não figurando, atual e formalmente, em seu quadro societário", disse o documento.
Em um dos diálogos citados, gravado em 6 de maio de 2011, Andréa e Cachoeira conversam sobre a possível venda do laboratório. Andréa diz que a Vitapan vale R$ 96 milhões e Cachoeira diz que não dá para vender por menos de R$ 100 milhões.