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Relembre o impeachment de Collor e o caso PC Farias

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Em meados de 1991, logo após uma forte queda na popularidade de sua presidência, o então presidente Fernando Collor de Melo (PRN-AL) foi alvo de uma série de denúncias que culminariam em seu impeachment. A primeira delas foi de compras superfaturadas da União na Liga Brasileira de Assistência (LBA), entidade presidida pela sua esposa, Rosane Collor. 

No mesmo ano, o jornal inglês The Sunday Times ataca diretamente a imagem de bom moço de Collor, denunciando uma série de desvios que seriam confirmados por seu irmão, Pedro Collor, em entrevista ao Jornal do Brasil em 1993.

Foi o mesmo Pedro Collor que desmascarou todo o esquema do irmão, numa entrevista em maio de 1992. Peça fundamental no processo de impechment que se seguiria, Pedro revelou que Fernando Collor usava o tesoureiro Paulo César Farias (PC Farias) como seu testa-de-ferro em esquemas ilíticos de arrecadação de fundos para a sua campanha eleitoral e apoio midiático. Fernando e PC, inclusive, estavam em vias de montar um grande grupo jornalístico em Alagaoas na ocasião do escândalo, que colocou por terra seus objetivos.

O grosso das denúncias de Pedro contra o irmão Fernando revelou um complexo esquema de corrupção através do qual PC Farias cobrava propina em troca de influência no governo federal. A briga, na ocasião, desandou para ataques pessoas entre os irmãos. No fim, Fernando Collor ainda foi acusado por Pedro de manter romances extra-conjugais com outros homens, usado drogas e mentido a respeito de sua religião.