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Relembre a "Privataria Tucana"

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Supostamente praticada na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a “Privataria Tucana”, termo cunhado pelo jornalista Amaury Ribeiro, foi um esquema no qual políticos e personalidades ligadas ao governo teriam recebido grandes quantias de dinheiro em troca de influência nas grandes privatizações.

Um deles seria o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio. De acordo com o livro-denúncia, integrantes do consórcio que comprou a Vale relataram a ministros de FHC que foram obrigados a pagar propina a Ricardo Sérgio para garantir a vitória. 

Além do envolvimento de altos nomes do governo federal da segunda metade dos anos 90 em supostos casos de propina nas privatizações, a Privataria também denuncia suposto uso de arapongas por José Serra para investigar a vida do ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, pouco antes das eleições de 2010. O objetivo era garantir sua vitória da disputa interna do PSDB, que ainda não havia escolhido quem seria seu candidato à presidência. 

Hoje, o delegado-deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) tenta garantir a instalação de uma CPI para investigar as denúncias do livro de Amaury, mas até o PT tem mostrado pouco interesse em tocá-la. O livre também denuncia o envolvimento de petistas num racha interno do partido durante a campanha de Dilma Rousseff, o que dificulta a aceitação ampla de uma investigação em Brasília.