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Defesa de Demóstenes terá logo acesso aos documentos do inquérito aberto no STF 

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O ministro Ricardo Lewandowski, relator do inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal para investigar supostas ligações do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) com Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira — preso sob a acusação de comandar quadrilha especializada em jogo do bicho e máquinas caça-níqueis — já recebeu petições de acesso aos autos do Inquérito 3430 da defesa do parlamentar e do partido ao qual é filiado.

Lewandowski informou apenas, nesta quarta-feira, que dará acesso aos advogados das partes interessadas dos documentos constantes do requerimento da Procuradoria-Geral da República solicitando a abertura do inquérito: “Acabei de receber o inquérito neste minuto, e vou examinar. Há uma série de pedidos de diligências que o procurador-geral da República fez, e vou decidir com a maior celeridade possível”, disse o ministro.

Ainda segundo Lewandowski, a inicial contém uma série de transcrições de conversas telefônicas, cujo sigilo está constitucionalmente protegido.  Embora ele não tenha decretado sigilo para a tramitação das investigações, do “acompanhamento processual” do Inquérito 3430 consta, em “detalhes”, que a parte investigada é “DLXT” (iniciais de Demóstenes Lazaro Xavier Torres). E que os delitos referidos na inicial são de “crimes praticados por funcionários públicos contra a Administração em geral”: corrupção passiva, prevaricação e advocacia administrativa.

Não há referência no andamento processual do site do STF aos deputados federais Sandes Sandes Júnior (PP) e Carlos Alberto Leréia (PSDB), também de Goiás, que foram citados em relatório da operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal em fevereiro.