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Sem conseguir liberdade, Carlinhos Cachoeira contrata ex-ministro para defesa

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O contraventor Carlinhos Cachoeira, pivô do escândalo envolvendo o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e outros parlamentares, segue preso no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Com mais um pedido de habeas corpus negado nos últimos dias, o barão do jogo ilegal no Centro-Oeste resolveu contratar o ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos para cuidar de sua defesa.

Cachoeira é apontado como o chefe de uma quadrilha que explorava mais de 7 mil pontos de máquinas caça-níqueis. De acordo com as investigações da Polícia Federal, que tem mais de 300 gravações telefônicas do grupo, o sócio do contraventor seria o senador Demóstenes Torres, que ficaria com 30% da arrecadação com o jogo.

Cachoeira já havia tido um pedido de liberdade negada no último dia 19 e voltou a ver seu pedido negado nesta segunda-feira, quando, por unanimidade, os desembargadores da  3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região rejeitaram o pedido de habeas corpus.

DEM pode expulsar Demóstenes Torres

Após verem a pressão por punição ao senador Demóstenes Torres aumentar, políticos do Democratas já admitem a possibilidade da desfiliação do parlamentar. O senador Agripino Maia (DEM-RN), presidente da legenda, já fala abertamente na possibilidade de expulsar o acusado de seus quadros:

"Dependendo das gravidades e qualidades da denúncia, o partido já tem atuação pretérita em cima de fatos como esses que estão mencionados. O Democratas é um partido que zela pela ética", explica, ressaltando que o partido vai esperar o posicionamento da Procuradoria Geral da República.

O parlamentar, constrangido pela sua situação complicada, deixou a liderança do DEM no Senado nesta terça-feira, sinalizando seu afastamento do comando do partido.