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Militares mortos em base na Antártida são condecorados no Rio 

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Rio - Durou cerca de 50 minutos a cerimônia de codecoração dos dois militares brasileiros mortos no combate ao incêndio que atingiu a Estação Antártica Comandante Ferraz no último fim de semana. Os restos mortais dos segundos-tenentes Carlos Alberto Vieira Figueredo e Roberto Lopes Dos Santos, chegaram ao Brasil às 8h56, na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro.

Figueredo e Santos receberam o grau de comendador da Ordem do Mérito da Defesa, a mais alta condecoração concedida pelo Ministério da Defesa Civil. O grau premia civis e militares, brasileiros ou estrangeiros, que tenham se distinguido no exercício da profissão. Os militares também foram agraciados com a Medalha Naval de Serviços Distintos da Marinha.

Um hangar da base aérea foi preparado para receber a cerimônia. Os caixões chegaram cobertos por bandeiras do Brasil. O cerimonial foi acompanhado pelo vice-presidente, Michel Temer, pelo ministro da Defesa Civil, Celso Amorin, pelo embaixador do Chile no Brasil, Jorge Montero, e pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp.

"Quando as pessoas se vão, com tanto valor, não devem ter medo. (Eles) Já revelaram que não temem nada, pelo exemplo que deram a própria vida. Que eles sirvam de exemplo aos filhos, às Forças Armadas e a todos os brasileiros", disse Temer, que disse trazer sua palavra de conforto pessoal e da presidente Dilma Rousseff.

A cerimônia, que teve toque de silêncio e salvas de fuzil, também contou com a presença de cerca de 50 familiares dos militares. Entre eles, as mulheres dos oficias mortos: Nilza Costa Figueredo, que era casada há 26 anos com Carlos Alberto, e Sueli Maria dos Santos, mulher de Roberto. "Ele era tudo o que eu tinha. Ele era só benção e maravilha. Ele era maravilhoso", disse Nilza em um breve relato à imprensa.