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BA: Exército acompanhará retorno às aulas da rede pública

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Em meio à greve de parte do efetivo de 32 mil policiais militares, cerca de um milhão de estudantes e 40 mil professores da rede pública estadual de ensino voltarão às aulas na próxima segunda-feira na Bahia. O Estado enfrenta uma onda de insegurança devido à paralisação. Neste sábado, o secretário estadual da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, garantiu que o retorno escolar ocorrerá normalmente, com presença de homens do Exército e de PMs que não estão em greve.

De acordo com a vice-coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-Sindicato), Marilene Betros, mesmo diante da chegada progressiva de homens da Força Armadas e da Força Nacional de Segurança Pública, docentes estão receosos pela integridade física dos estudantes. "Temos preocupação com os alunos. A onda dos boatos pode se transformar em algo muito complexo. Como os estudantes vão voltar às aulas neste clima?", indagou Marilene.

O secretário estadual da Segurança Pública não informou quantos homens vão atuar na segurança dos colégios estaduais. "Há um centro de operações à disposição das forças e o gabinete emergencial já está funcionando. Temos uma parcela ínfima de grevistas, bem menor que o número do início", disse.

A estimativa inicial do governo foi a de que um terço (pouco mais de 10 mil policiais) do total de PMs havia parado. Sem dar detalhes da distribuição do efetivo pela capital e pelo interior, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Nardi, afirmou que mais de três mil homens estão na Bahia, "a maior massa" já empregada nesse tipo de operação.

A greve dos PMs da Bahia, que completou neste sábado quatro dias, motivou uma onda de violência na capital. Desde a quarta-feira, a região metropolitana de Salvador registrou 55 homicídios. Somente ontem foram 32.

A ausência de policiamento nas ruas também causou dezenas de saques e violência em todo o Estado. Só na sexta, 58 carros foram roubados e lojas arrombadas e saqueadas.