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“Por enquanto” não há indícios para investigar ministro do Trabalho, diz PGR 

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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta terça-feira que, “por enquanto”, as irregularidades referentes a um suposto esquema de propinas no Ministério do Trabalho não indicam “envolvimento direto” do ministro Carlos Lupi. Gurgel acrescentou ter recebido, do próprio ministro, um ofício que lhe faculta “o mais amplo acesso” a qualquer documentação sobre os fatos constantes da representação protocolada na PGR pelo líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PDT-PR), a fim de que seja aberto inquérito para apurar as denúncias veiculadas pela revista “Veja”.

“Nós estamos recolhendo dados, e se persistir a situação atual — irregularidades sem envolver diretamente o ministro — a representação será encaminhada à Procuradoria da República no Distrito Federal”, explicou.

No entanto, Roberto Gurgel admitiu que se houver indícios que incriminem o ex-assessor especial do ministro Weverton Rocha, o inquérito será aberto e encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, já que ele é deputado federal (PDT-MA), e tem direito ao foro privilegiado do STF.

Na representação à PGR, o deputado Rubens Bueno — com  base nas reportagens publicadas na revista e nos jornais — pede que o seu colega seja investigado, juntamente com Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de Qualificação do Ministério do Trabalho. De acordo com Bueno, eles “respondiam ao então chefe de gabinete do ministro, Marcelo Panella, homem de confiança do ministro Lupi e também tesoureiro nacional do PDT.”