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DF: Após desfiles, ministros falam sobre corrupção, Saúde e Copa

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O primeiro desfile comemorativo da independência do Brasil no governo Dilma Rousseff foi marcado pela presença de ministros e manifestantes que marcharam contra a corrupção no Distrito Federal.

Enquanto militares desfilavam na cerimônia oficial, um grupo de manifestantes movimentou a esplanada do ministério para criticar as recentes polêmicas envolvendo os Ministérios dos Transportes, Turismo e Agricultura. A manifestação, apesar de ser contra o governo, ganhou o apoio do ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que defendeu a legitimidade do movimento. "É um dever combater a corrupção e a presidente da república respalda isso. Acho que a sociedade faz uma manifestação legítima e é a oportunidade de todos cumprirem o seu papel como cidadão", disse.

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Verbas para a Saúde

O ministro de Minas e Energias Edison Lobão também foi conferir o desfile dos militares, mas não deixou de comentar um dos temas que mais levantam polêmica no Congresso Nacional: a Emenda 29. Lobão descartou a possibilidade dos recursos para a Saúde partirem das riquezas geradas pelo pré-sal. "Esses recursos vão demorar sete ou oito anos para chegar. Esse é o tempo que o pré-sal vai demorar para produzir", disse. Quando questionado sobre a urgência do investimento na Saúde, o ministro falou apenas que o governo vai pensar em outra saída. "O governo está preocupado com isso e está procurando outras alternativas", completou.

Sobre o mesmo assunto, da Emenda 29, o ministro da Saúde Alexandre Padilha também foi categórico: "confio no congresso nacional para garantir a aprovação de regras e fontes de recursos para saúde".

Copa do Mundo

Outro tema que dominou o dia da independência em Brasília foi a proximidade da Copa do Mundo de 2014. O ministro dos Esportes Orlando Silva voltou a defender o Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que flexibiliza o processo de contratação do governo para as obras do evento esportivo. "O governo vai cumprir a lei vigente no País. Nesse momento a lei vigente é a RDC", disse Orlando Silva, contrariando a opinião do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que pretende ajuizar uma ação de inconstitucionalidade contra o RDC.

Para o ministro dos Esportes, a regime de contratação não é inconstitucional e deverá ser utilizado para acelerar as obras da Copa do Mundo. "Essa não é a nossa visão, tanto que enviamos ao Congresso um projeto de lei propondo o RDC", finalizou.