Portal Terra
GOINIA - Seis pessoas serão indiciadas pela Polícia Civil por envolvimento com o assassinato e ocultação do cadáver da jovem Erilene Magalhães Gomes, 20 anos, morta e esquartejada na madrugada do dia 5 de maio deste ano, na casa dela, no Jardim Guanabara, em Goiânia (GO). Depois de morta, ela foi colocada em uma mala e jogada no Ribeirão João Leite. No último domingo, um casal que lavava roupas no local encontrou a mala.
Na segunda-feira, a Justiça decretou a prisão temporária por 30 dias do coletor de lixo Francisco Márcio da Silva, o Barão, de 27 anos, companheiro da vítima, e de Edmar Ribeiro dos Santos, marido da tia de Barão. Os dois já estão presos.
Barão confessou ter matado a mulher a facadas na madrugada do dia 5 de maio, em um ataque de fúria por ciúmes. Ao chegar do trabalho, conforme contou, ele foi se arrumar pois teria combinado de sair com a vítima, mas Erilene saiu na motocicleta dele. Durante horas, ele a procurou pelas ruas do bairro, encontrando-a em uma boate, mantendo relações sexuais com um homem em troca de uma pedra de crack. Ele voltou para casa e, segundo a polícia, após uma hora, matou Edilene assim que ela entrou em casa. Edmar, que também estava na casa, disse que quebrou o pescoço da vítima com o pé.
A mulher de Edmar, a aposentada Maria Neide da Silva, 39 anos, tia de Barão, também é acusada de participar do homicídio. Segundo a polícia, ela teria acertado a cabeça da vítima com um capacete. Com a jovem já morta, Edmar teve a idéia de colocar o corpo em uma mala e jogá-lo no rio.
Na ocultação do corpo de Erilene, além de Edmar, Maria Neide e Barão, teriam participado também um rapaz identificado como Gleison, uma jovem chamada Denise e a mãe de Barão, Expedita Mota Marques, que, segundo a polícia, forneceu a mala em que o corpo foi encontrado.
Barão já havia sido ouvido pela Polícia Civil na tarde de segunda-feira, mas alegou que Erilene estaria morando com um homem em outra cidade. Ontem, com a confirmação de que o corpo encontrado era de Erilene, o coletor de lixo foi preso nas Centrais de Abastecimento (Ceasa), enquanto trabalhava.
Francisco Márcio confessou o crime e apontou qual foi a participação de cada pessoa na morte e na ocultação do corpo de Erilene.