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Testemunha descreve momentos de pânico na PF em Manaus

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Portal Terra

SÃO PAULO - Em depoimento sobre o que aconteceu durante os momentos depois da explosão na sede da Polícia Federal em Manaus, no Amazonas, a jornalista Joana Quieroz disse que era uma situação de pânico ao descrever a cena no local. Segundo informações de agentes que não quiseram se identificar, os peritos estariam manipulando cilindros de gás carbônico. A explosão matou um perito e deixou outros três feridos, dois estão em estado grave.

"Imaginei que tinha sido um botijão de gás, só que de repente começaram a sair os agentes de arma em punho, com as pistolas da mão... As pessoas que estavam no setor de expedição de passaporte, todo mundo apavorado. Foi pânico!".

Joana estava na sede da PF quando aconteceu a explosão que matou na hora o perito Antônio Carlos Oliveira e feriu os também peritos Max Neves e Maurício Barreto Silva Júnior. O acidente, que aconteceu às 18h30 (hora de Brasília) atingiu o laboratório do Setor Técnico Científico da Superintendência da PF em Manaus.

A jornalista contou também que presenciou a saída dos policiais feridos.

- Os caras (policiais) vinham saindo de lá nos braços dos colegas. Um estava com as vísceras de fora, outro estava soltando a pele, outro estava sem cabelo. Todos estavam queimados, com as roupas rasgadas e era grande o desespero dos colegas que não sabiam se socorriam os feridos ou corriam pra ver o que tinha acontecido - disse.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a explosão foi seguida de um rápido incêndio, que foi logo controlado. No prédio, estavam sete presos temporários, esperando decisão da Justiça. No início da noite, eles foram transferidos para o Instituto Prisional Antônio Trindade, localizado na BR-174 (Rodovia Manaus-Boa Vista), na saída da cidade.

Até a meia-noite desta sexta-feira, informações de funcionários do Pronto Socorro 28 de Agosto, para onde foram levadas as vítimas, era de que os dois peritos que tiveram os nomes divulgados continuavam em estado grave e estavam no centro cirúrgico.

Informações ainda não confirmadas de colegas dos peritos, que não quiseram ser identificados, constam que eles estariam manipulando um cilindro de gás carbônico quando o acidente aconteceu. A quarta vítima, que também era perito da PF, não teve o nome divulgado.

- Esse policial estava menos mal. Ele foi levado para um hospital particular em estado de choque - disse a jornalista Joana Queiroz, que permaneceu no local do acidente até a chegada dos bombeiros e da Defesa Civil.

O prédio foi interditado para avaliação dos danos à estrutura e a realização da perícia.