Portal Terra
SÃO PAULO - A estudante de pedagogia Layanne Cristine da Silva pediu desculpas publicamente nesta sexta-feira por ter queimado a colega de faculdade Priscila Vieira Muniz, 18 anos, grávida de três meses, durante trote na Fundação Municipal de Educação e Cultura de Santa Fé do Sul, no interior de São Paulo. Em 9 de fevereiro, primeiro dia de aula, quatro calouros foram feridos por um produto químico despejado em suas costas.
Além de Priscila, Jéssica Silva Rezende, 17 anos, Adrian Carlos Souza, 20 anos, e Priscila Callado Soares, 21 anos, sofreram as queimaduras. Layanne confessou que jogou o produto químico nas costas de Priscila, que precisou ser internada e até hoje carrega as manchas das queimaduras nas costas, braços, coxas e nádegas.
- Quero me desculpar publicamente por ter feito essa burrada, porque não sou de ferir as pessoas. Se soubesse que a brincadeira fosse terminar assim, jamais faria isso - disse Layanne a jornalistas depois de prestar depoimento na Delegacia da Mulher de Santa Fé.
Layanne negou ter ferido os outros estudantes e disse que o produto usado era creolina.
- Eu me arrependo desde o instante que entrei naquela loja de produtos veterinários para comprar a creolina e depois de ter ido à escola - disse. Ela afirmou que não tinha idéia de que o produto pudesse ser tão nocivo.
O delegado Gervásio Favaro, responsável pelo inquérito, disse acreditar que Layanne tenha misturado a creolina com outro produto químico e que tenha sido responsável pelos outros casos.
- A outra Priscila (Soares) consegui reconhecê-la (Layanne) por foto. Já a creolina é preta e, segundo testemunhas, o produto que ela (Layanne) levava era branco. Sabemos que misturada com outro produto, a creolina fica branca - afirmou.
Layanne confirmou que estava acompanhada por um outro aluno. O delegado espera ouvi-lo na próxima segunda-feira.
De acordo com Favaro, o inquérito deve ser encerrado somente depois de 9 de março, quando se saberá se as lesões foram graves ou leves.
- Preciso saber ser foram leves ou graves. Se foram graves, a acusada deverá responder por crime de lesões corporais graves, cuja pena é mais grave, de seis meses a quatro anos. Já a acusação de lesões leves é crime de menor poder ofensivo, com pena prevista de trabalhos comunitários - falou.