Portal Terra
SÃO PAULO - Uma mulher de 43 anos foi presa na tarde de ontem no bairro Jaguaré, zona oeste de São Paulo. Segundo a polícia, ela foi encontrada segurando o filho de 19 anos, morto com pelo menos 15 facadas na altura do pescoço e do tórax. A mulher estava com uma faca nas mãos no momento em que o seu apartamento foi invadido pelos policiais.
De acordo com informações do Boletim de Ocorrência (BO), Maria Lúcia Rufino aparentava estar sofrendo uma espécie de surto, conforme relataram vizinhos. Ela chamava todos para orar e falava sobre demônios e assuntos satânicos. Maria Lúcia também teria pisoteado um exemplar da Bíblia.
A mulher faria parte de comunidades religiosas não-convencionais da Internet, que adotariam a prática do sacrifício, segundo a polícia. No apartamento onde ela foi encontrada com o filho, a delegada que acompanhou o caso apreendeu três computadores que serão averiguados.
Antes da polícia ser acionada, vizinhos tentaram acalmar a mulher. Segundo eles relataram à polícia, ela parecia estar em transe e dizia que o filho tinha que ser morto por "um bem maior."
Os policiais foram chamados ao local às 17h37. A porta do apartamento estava trancada e os policiais tentaram interfonar, mas ninguém atendeu. Minutos depois, ouviram um grito e decidiram arrombar a porta. Segundo o BO, Maria Lúcia estava com o filho no colo e esfaqueava a vítima. Foram necessários seis policiais para segurar a mulher.
O estudante, identificado como Leonardo Macedo Gaddutti, foi socorrido para o Hospital Universitário da USP, onde morreu. Outros dois filhos da mulher estavam escondidos em outro cômodo do apartamento.
Maria Lúcia foi levada para o pronto-socorro da Lapa, onde foi sedada e está em observação. Ela é escoltada por policiais e, assim que receber alta, será presa e levada para a delegacia.