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SÃO PAULO - Peritos que trabalham na investigação da morte de Isabella afirmaram ao Jornal Nacional que parte dos trabalhos teria sido usado incorretamente pela própria polícia. Segundo eles, não é possível dizer que havia vômito na camiseta que o pai da menina, Alexandre Nardoni, usava no dia do crime. Haveria uma mancha na bermuda dele e os peritos não teriam conseguido concluir de que se tratava de vômito.
Isabella Nardoni, de cinco anos, foi encontrada ferida no dia 29 de março, no jardim do prédio onde moram o pai e a madrasta, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, na Zona Norte de São Paulo. Segundo os Bombeiros, a menina chegou a ser socorrida e levada ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta de meia-noite.
Além disso, também não seria possível afirmar que o sangue encontrado no carro da famíla é da menina. As amostras encontradas no carro seriam insuficientes para extrair DNA. Contudo, depoimentos do casal sobre a posição em que Isabella estaria sentada no veículo e outras provas apontariam de que o sangue seria da criança.
Segundo os peritos ouvidos pela emissora, as informações sobre o vômito e o sangue foram usadas de forma equivocada no interrogatório ao pai, ocorrido no dia 18 de abril. Alexandre Nardoni teria sido questionado sobre os dois assuntos e não conseguido dar explicações.
No interrogatório, o pai teria apresentado novamente a versão do primeiro depoimento. Ele teria dito que, ao chegar com a família ao condomínio, subiu para deixar no imóvel a menina, que dormia e não estaria machucada, nem vomitado, e voltou ao carro para buscar a mulher e os dois filhos. De volta ao quarto, viu acesa a luz que ele teria deixado apagada e a tela de proteção cortada.