JUSTIÇA
TRF-4 restabelece mandado de prisão de Tacla Durán e ele suspende viagem para depor contra Lava Jato no Brasil
Por JORNAL DO BRASIL com Brasil 247
Publicado em 13/04/2023 às 16:24
Alterado em 13/04/2023 às 16:24
Marcelo Auler - Em um despacho que aparentemente pode ter desrespeitado uma ordem anterior do hoje ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, o juiz federal Marcelo Malucelli, da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), revogou, na terça-feira (11/03), a decisão do juiz federal da 13ª Vara de Curitiba, Eduardo Appio, que suspendera o mandado de prisão preventivo contra o advogado Rodrigo Tacla Duran, decretado em 2016 pelo ex-juiz Sérgio Moro, hoje senador do União Brasil/PR.
Essa revogação ocorreu na véspera do embarque de Tacla Duran para o Brasil, para ser ouvido em um processo da 13ª Vara Federal. Diante da comunicação do juiz Malucelli da revogação da decisão de Appio, Tacla Duran não embarcou com medo de ser preso.
Além de prestar depoimento em juízo ele também falaria na Polícia Federal no inquérito instaurado para investigar a suposta extorsão que alega ter sofrido da Força Tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba. Sua viagem está suspensa até nova decisão sobre o caso.
Caberá ao advogado que hoje reside na Espanha buscar uma decisão no próprio STF para poder fazer valer o seu direito de não só desembarcar livre em São Paulo, como ter direito à proteção policial como testemunha protegida, que lhe foi dada por Appio. Para ele será essencial um salvo conduto do Judiciário.
Tacla Durán faz graves acusações contra Sérgio Moro e Deltan Dallagnol.