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Alexandre de Moraes suspende nomeação de novo diretor-geral da PF

Reuters/Adriano Machado -
Alexandre de Moraes, presidente do TSE
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Macaque in the trees
Ministro do STF, Alexandre de Moraes (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu um pedido feito pelo PDT e suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem, amigo pessoal da família Bolsonaro, para a diretoria-geral da Polícia Federal.

Alegando insatisfação com as prioridades de investigação da PF, o presidente Jair Bolsonaro exonerou, na última sexta-feira (24), o diretor-geral Maurício Leite Valeixo, levando à indignação do seu então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que se demitiu em seguida.

No mesmo dia, em coletiva de imprensa, Moro explicou as razões para sua saída citando pressões exercidas pelo chefe de Estado sobre a Polícia Federal. Segundo ele, Bolsonaro insistia em substituir Valeixo para colocar em seu lugar alguém que pudesse facilitar seu acesso a detalhes sigilosos de investigações em curso, admitindo que, para ele, era uma questão política.

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Alexandre Ramagem é o novo diretor geral da PF (Foto: Fátima Meira/FuturaPress/Ansa)

As declarações do ex-ministro causaram grande comoção no meio político e na opinião pública, levando parlamentares e partidos a pedir o impeachment do presidente e a nulidade da nomeação, feita na última terça-feira (28), de Alexandre Ramagem, delegado da Polícia Federal desde 2005, para o comando da corporação, justamente por sua proximidade ao presidente e sua família.

No entendimento do ministro Alexandre de Moraes, dadas essas relações íntimas e as denúncias feitas por Moro, pode ter havido desvio de finalidade na nomeação, "em inobservância aos princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade e do interesse público".(Sputnik Brasil)

Fátima Meira/FuturaPress/Ansa - Alexandre Ramagem é o novo diretor geral da PF