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Patrimônios de policiais não batem com salários

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O sargento-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, de 44 anos, foi detido nesta quarta-feira, 19 de junho, em um condomínio no bairro Recreio dos Bandeirantes, suspeito de ter ajudado o ex-PM Ronnie Lessa, preso em março do ano passado como acusado de ser o autor dos disparos que mataram a Vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, em 2018, a jogar as armas do crime no mar da Barra da Tijuca.

Isso as investigações vão elucidar.

Paralelamente, as corregedorias dos Bombeiros e da Secretaria de Defesa Civil bem que poderiam investigar outro mistério: Como um sargento do CB, com salários médios de R$ 4,8 mil nos últimos meses poderia ter uma mansão de quase R$ 2 milhões e um carro avaliado em R$ 170 mil?

O cara seria um mago das finanças, candidato a uma vaga no Ministério da Economia ou no Banco Central.

Por sinal, a investigação poderia se estender ao caso das agressões à médica Tyciana D’Azambuja, no último sábado, por frequentadores de uma festa no Grajaú. Tyciana voltara de longo plantão médico e não conseguia dormir devido ao alto volume da música e ao barulho na casa vizinha. Após reclamações infrutíferas ao vizinho e ao 190 da PM, a médica desceu à rua com um martelo e quebrou o espelho retrovisor de um Mini-Cooper na calçada.

O carro, importado, avaliado a partir de R$ 150 mil, pertencia ao PM Luiz Eduardo dos Santos Salgueiro, que liderou as agressões, carregando a médica nos ombros e a atirando ao chão, após sucessivas agressões dos demais frequentadores, que não pouparam um Defensor público que veio acudir a médica.

Se fosse feita uma auditoria nos pátios de estacionamentos dos quartéis e delegacias, haveria muitas evidências de patrimônios incompatíveis com os vencimentos. Como diria o saudoso Bezerra da Silva, se “gritar pega ladrão, não fica um meu irmão”...