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Hospital Antônio Pedro: depoimento de um servidor

Reprodução/EBSERH -
Fachada do Hospital Antônio Pedro
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Há alguns dias, publicamos AQUI no InformeJB uma notícia sobre o Hospital Antônio Pedro, da UFF, em Niterói. O Hospital respondeu AQUI. Hoje, trazemos o depoimento de um servidor que há 17 atua naquela unidade de saúde. Seu nome será mantido no anonimato, pois do contrário poderá sofrer represálias da atual administração. É o primeiro de uma série.

Macaque in the trees
Fachada do Hospital Antônio Pedro (Foto: Reprodução/EBSERH)

"Desde que a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) entrou, só piorou a situação. Faltam, sim, exames e atendimentos em várias especialidades, é só verificar a imensa fila que se forma no dia de marcação de consulta. Sim, diminuíram a insalubridade dos funcionários de 20 para 10%, estamos expostos a quimioterápicos, doenças contagiosas, trabalhamos em situação insalubre.

"Os funcionários contratados pela Ebseh ganham quase o dobro dos estatutários, realizando as mesmas funções. O alto escalão tem altos salários e mordomias. Se tiver feriado na terça, emendam a semana inteira. Funcionários, se ficarem doentes em serviço e precisarem procurar a emergência, são tratados com descaso e falta de respeito. Quando não os mandam procurar atendimento no CPM, hospital municipal que fica na rua paralela.

"Há leitos fechados, sim. Mamografia, às vezes, não funciona. Tomografia, mandam pacientes de volta pra casa, sem fazer o exame. Diálise a mesma coisa.

"Médicos e residentes não se entendem. Muitas vezes, perdemos pacientes sem que eles tenham fechado diagnóstico. A Ebserh surgiu somente sugar recursos e humilhar estatutários. Não temos a quem recorrer. Nosso sindicato não tem voz. A lei parece estar ao lado deles. Nem fiscalização há.

"Faltam medicamentos e até quimioterápicos."