O candidato a presidente pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira (18) que não tem "controle" sobre o fato de empresários estarem bancando disparos em massa de mensagens contra o PT pelo WhatsApp.
"Eu não tenho controle se tem empresário simpático a mim fazendo isso. Eu sei que fere a legislação. Mas eu não tenho controle, não tenho como saber e tomar providência", afirmou ao site O Antagonista.
Ele afirmou ainda que essas ações poderiam estar sendo feitas por pessoas de esquerda para prejudicá-lo. "Pode ser gente até ligada à esquerda que diz que está comigo para tentar complicar a minha vida me denunciando por abuso de poder econômico", disse ao O Antagonista.
Reportagem da Folha de S. Paulo desta quinta-feira (18) mostra que empresas estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp e preparam uma grande operação na semana anterior ao segundo turno.
Pelo Twitter, Bolsonaro ainda escreveu:
O PT não está sendo prejudicado por fake news, mas pela VERDADE. Roubaram o dinheiro da população, foram presos, afrontaram a justiça, desrespeitaram as famílias e mergulharam o país na violência e no caos. Os brasileiros sentiram tudo isso na pele, não tem mais como enganá-los!
— Jair Bolsonaro 17 (@jairbolsonaro) 18 de outubro de 2018
E ainda:
Apoio voluntário é algo que o PT desconhece e não aceita. Sempre fizeram política comprando consciências. Um dos ex-filiados de seu partido de apoio, o PSOL, tentou nos assassinar. Somos a ameaça aos maiores corruptos da história do Brasil. Juntos resgataremos nosso país!
— Jair Bolsonaro 17 (@jairbolsonaro) 18 de outubro de 2018
PT cobra que TSE investigue ação de empresas nas redes sociais
Reagindo à manchete da edição desta quinta-feira, 18, do jornal Folha de S.Paulo, que revela empresas bancando o disparo de mensagens contra o PT pelas redes sociais, o partido emitiu uma nota cobrando um posicionamento da Justiça Eleitoral. Para a legenda, a prática configura crime de caixa dois por parte da campanha de Jair Bolsonaro (PSL).
"É uma ação coordenada para influir no processo eleitoral, que não pode ser ignorada pela Justiça Eleitoral nem ficar impune", diz a nota assinada pela Executiva do PT, que pediu na Quarta-feira (17) à Polícia Federal uma investigação sobre a disseminação de supostas notícias falsas pela campanha de Bolsonaro.
O partido diz que está tomando todas as medidas judiciais para que Bolsonaro responda "por seus crimes, dentre eles o uso de caixa 2, pois os gastos milionários com a indústria de mentiras não são declarados por sua campanha."