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Valorizar a vida humana

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Na última semana o Papa Francisco realizou a sua 32ª viagem apostólica internacional, na qual visitou a Tailândia e o Japão, entre os dias 19 e 26 de novembro. Nos dois países de minoria católica, cumpriu intensa agenda, levando uma mensagem de paz e esperança, e reiterando a necessidade do diálogo e do respeito. Em particular, no Japão, a mensagem contra as armas nucleares teve destaque em seus diversos encontros.

O Santo Padre também destacou a valorização da vida humana, em especial durante uma missa que celebrou em Tóquio para mais de 50 mil pessoas. Esse é um tema que frequentemente o Papa tem insistido, em tempos em que cada um só pensa em si, e busca a satisfação pessoal a todo custo. Francisco explicou que muitas vezes concentramos toda a nossa atenção e energia na busca obstinada de produtividade e consumismo, ficando presos no círculo vicioso da ansiedade e da competição. E isso nos torna insensíveis às coisas importantes.

O Papa Francisco disse que em uma sociedade como o Japão, com uma economia altamente desenvolvida, não são poucas as pessoas socialmente isoladas que permanecem à margem, incapazes de entender o significado da vida e da sua própria existência. A casa, a escola e a comunidade, destinadas a serem locais onde cada um apoia e ajuda os outros, estão se deteriorando pela excessiva competição na busca do lucro e da eficiência.

O Santo Padre nos convida a repensar as nossas opções diárias para não acabarmos fechados na busca do êxito a todo o custo, incluindo o custo da própria vida. As atitudes mundanas que buscam e perseguem apenas o próprio lucro ou benefício neste mundo, nos tornam infelizes e escravos, dificultando o desenvolvimento de uma sociedade verdadeiramente harmoniosa e humana.

Diante disto, não apenas no Japão, mas por onde passa, o Papa nos convida, como comunidade cristã, a proteger toda a vida e testemunhar, com sabedoria e coragem, um estilo marcado pela gratuidade e compaixão, pela generosidade e a escuta simples. Somos chamados a adotar um estilo capaz de abraçar e receber a vida como se apresenta com toda a sua fragilidade e pequenez e, muitas vezes, até com todas as suas contradições e insignificâncias.

Os japoneses, nós, e todo cristão no mundo é convidado pelo pontífice a desenvolver uma pedagogia capaz de acolher tudo o que não é perfeito, e nem menos digno de amor.Com efeito, para o cristão, a única medida possível com que julgar cada pessoa e situação é a da compaixão do Pai por todos os seus filhos.

Que Deus abençoe cada vez mais o Papa Francisco com muita saúde e sabedoria, e que ele continue liderando a nossa Igreja com todo o amor que tanto nos inspira.