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Os Santos juninos

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Junho é um mês marcado pela alegria das festas populares de inspiração religiosa: Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. São festas que não deixam morrer costumes e tradições do passado como danças, músicas, roupas e comidas típicas e recordam a memória dos santos.

As festas juninas são para festejar os santos, mas também uma ótima oportunidade para celebrar os amigos, a família e as comunidades. Santo Antônio, São João e São Pedro estão presentes nelas como traço de união entre a nossa fé e a busca por uma convivência mais fraterna entre os homens.

A alegria, marcante nas festas juninas, é uma virtude cristã, pois Deus quer seus filhos felizes e alegres, mesmo em meio a tantas dificuldades do dia-a-dia. O que caracteriza estas festas é que elas, apesar da mudança de época, em geral mantem a pureza e a beleza iniciais. Ainda hoje são celebradas com entusiasmo, com comidas e bebidas típicas, com trajes caipiras e quadrilha, sendo uma forte expressão de convivência entre todos.

São vários os símbolos dessas festas populares, mas o mais comum é a fogueira – criada desde os tempos mais antigos para agradecer pela fertilização da terra. As comidas típicas também são símbolos juninos, como forma de agradecimento pela fartura nas colheitas.

Hoje, 13 de junho, a Igreja celebra Santo Antônio – um dos santos de maior popularidade em todo o mundo - e que costuma marcar o início das festividades juninas. Esta comemoração é mais religiosa, com missa, procissão, e a tradicional bênção dos pães. Santo Antônio é invocado por muitas pessoas, sobretudo por aquelas que sonham com um bom casamento. É um misto de religiosidade e crendice, que expressam a alma simples do nosso povo.

Apesar da fama de casamenteiro, é importante conhecer esse grande evangelizador e seu ardor missionário. Santo Antônio nasceu em Lisboa, Portugal, em uma família nobre, por volta de 1195, e foi batizado com o nome de Fernando. Pertenceu à Ordem dos Cônegos Regulares e estudou Filosofia e Teologia, em Coimbra, até ser ordenado sacerdote. Não encontrou dificuldade nos estudos, porque era de inteligência e memória formidáveis, acompanhadas por grande zelo apostólico e santidade.

Aconteceu que em Portugal, onde estava, Antônio conheceu a família dos Franciscanos, que não só o encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, como também o arrastou para a vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças.

Ao ir para Marrocos, Antônio ficou tão doente que teve que voltar, mas providencialmente foi ao encontro de São Francisco, que lhe autorizou a ensinar aos frades. Mas o seu maior destaque foi na vivência e pregação do Evangelho, o que era confirmado por muitos milagres.

Outro santo bastante festejado em nosso país é São João, em 24 de junho. Novamente a religiosidade e o folclore se misturam para manifestar a fé e a alegria do povo. Como precursor, ele nos inspira a estarmos preparando sempre os caminhos do Senhor para o próximo.

E temos ainda São Pedro, o primeiro Papa, celebrado no dia 29 de junho. Carregando as chaves do reino dos céus e celebrando o “dia do Papa” completa a tríade de santos merecedores de grande devoção popular.

Que possamos celebrar este mês com toda alegria e fé, e que as festas juninas aumentem em nós o cultivo da cultura do encontro. Santos juninos, intercedei por nós!

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