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Maior ação desde a 2ª Guerra Mundial: Brasil emprega 29 mil militares contra a Covid-19

Pilar Olivares/Reuters -
Oficial do Exército conversa com membro do Batalhão de Defesa Quimíca, Biológica, Radiológica e Nuclear, no quartel general do Rio
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Oficial do Exército conversa com membro do Batalhão de Defesa Quimíca, Biológica, Radiológica e Nuclear, no quartel general do Rio (Foto: Pilar Olivares/Reuters)

Desde o dia 20 de março, o Ministério da Defesa mantém um Centro de Operação Conjuntas para atuar na coordenação e planejamento do emprego das Forças Armadas no combate à Covid-19. Em nota, o Ministério detalhou à agência de notícias Sputnik Brasil algumas das ações na operação considerada a maior desde a 2ª Guerra Mundial.

Em nota, o Ministério da Defesa informa que para a "Operação Covid-19" foram ativados dez Comandos Conjuntos que se somam ao esforço de combate à pandemia. Através da coordenação dessa articulação, informações são encaminhadas ao "Gabinete de Crise" criado em 16 de março deste ano pela Presidência da República.

"Assim, todas as demandas recebidas, no contexto da Operação Covid-19, são analisadas individualmente para planejamento e execução, sendo que de acordo com a solicitação, podem ser encaminhadas ao Gabinete de Crise, que determina a melhor forma de atendimento", afirmou em nota a pasta da Defesa

O "Gabinete de Crise", o Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19, é coordenado pela Casa Civil e atua de forma integrada com o Grupo Executivo Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional.

Segundo o Ministério da Defesa, os grupos de comando articulados para as ações também contam com o apoio do Comando Aeroespacial (Comae), que funciona de forma permanente. Com isso, ainda segundo as informações enviadas pelo Ministério, os grupos cobrem todo o território nacional.

Ao todo, 29.286 militares já atuaram no esforço das Forças Armadas no combate ao novo coronavírus.

"O trabalho conta com 816 viaturas, 102 embarcações e 26 aeronaves. Os militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica atuam na desinfecção de locais públicos, na repatriação de brasileiros, no transporte de insumos e materiais de saúde, na distribuição de alimentos, em ações de controle de segurança em fronteiras e embarcações, entre outras atividades", disse em nota o Ministério.

Maior operação desde a 2ª Guerra Mundial

O site do Ministério da Defesa destaca que as ações deslocaram mais militares no Brasil do que no período da 2ª Guerra Mundial, quando cerca de 25 mil militares participaram do esforço de guerra.

O site também destaca a recuperação do Tenente Ermando Piveta que, aos 99 anos, foi curado da COVID-19, recebendo alta em 14 de abril do Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília. Piveta, a pessoa mais velha a se recuperar da doença no Brasil, integrou a Força Expedicionária Brasileira (FEB), e esteve na Itália durante a 2ª Guerra Mundial.

O Ministério da Defesa detalha que até o momento houve a distribuição de 10 toneladas de alimentos não perecíveis em Minas Gerais. Já no Rio de Janeiro, a Marinha distribuiu 1.590 kg.

Além disso, as Forças Armadas foram empregadas para desinfectar áreas do aeroporto Santos Dumont. A ação se repetiu em Fortaleza, no porto da cidade, e em Recife, no Hospital de Odontoclínica da Aeronáutica. Ações semelhantes ocorreram também em cidades de São Paulo, Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso do Sul e Tocantins.

Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, o Brasil tem 58.509 casos confirmados do novo coronavírus, além de 4.016 mortes causadas pela Covid-19. No mundo inteiro, foram confirmados 2,9 milhões de casos da doença, além de 203 mil mortes, conforme os dados da Universidade Johns Hopkins.