ASSINE
search button

Fator Lula: Reforma administrativa será "suave", afirma Bolsonaro

REUTERS/Adriano Machado -
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto
Compartilhar

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda (18) que ainda aguarda uma proposta de reforma administrativa da equipe econômica para analisar possíveis mudanças no setor. Segundo o presidente, qualquer alteração em regras do serviço público, como a revisão da estabilidade funcional para novos servidores, como estuda o governo, será "a mais suave possível".

"Amanhã [19] eu tenho uma reunião cedo, e a previsão é entregar, pode ser que entregue amanhã, para eu dar uma olhada. Conversei com Paulo Guedes [hoje] à tarde de novo, quero mandar uma proposta a mais suave possível – essa é que é a ideia", afirmou Bolsonaro a jornalistas na entrada do Palácio do Alvorada, residência oficial, no fim da tarde. O presidente não chegou a informar quando a medida seria apresentada ao Congresso Nacional.

De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que está alinhavando a proposta de reforma administrativa para apresentar ao presidente, os futuros servidores públicos não teriam mais estabilidade automática no cargo. A ideia seria definir um tempo para atingir a estabilidade, de acordo com cada carreira. Além disso, outro objetivo seria reduzir o número de carreiras de cerca de 300 para algo em torno de 20 e que os salários para quem entrar na carreira pública passem a ser menores do que são atualmente.

Novo partido

Bolsonaro também confirmou que deverá assumir a presidência da Aliança pelo Brasil, partido que o grupo político do presidente pretende criar. O anúncio de criação da nova legenda ocorreu na semana passada.

"Eu acho que sim [assumirei a presidência do partido]", disse Bolsonaro a jornalistas. "Está previsto quinta-feira, dia 21, a gente lançar a pedra fundamental do partido", acrescentou o presidente.(Agência Brasil)

.

NOTA DA REDAÇÃO:  Analistas políticos são da opinião de que tal mudança de rota do presidente se deve ao ressurgimento do ex-presidente Lula no cenário político. O petista tem feito críticas fortes ao governo. "Agora, tem quem fale contra o governo. Antes de Lula, o governo falava sozinho", disse o jornalista Reinaldo Azevedo na rádio Bandnews.