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Bolsonaro estará na abertura da Festa do Peão de Barretos

Isac Nóbrega/PR -
Bolsonaro
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro irá a Barretos (a 423 km de São Paulo), no próximo sábado (17), para participar da cerimônia de abertura da 64ª Festa do Peão de Boiadero.

A festa, no entanto, começa antes, nesta quinta-feira (15), com a expectativa de reunir 1 milhão de visitantes em 11 dias. Cerca de R$ 1 milhão serão distribuídos no evento em todas as provas ligadas a cavalos e touros. 

Esta não será a primeira vez de Bolsonaro na Festa do Peão. Durante a campanha eleitoral, em 2018, ele esteve na cidade para participar da festa e chegou a entrar na arena montado em um cavalo.

Macaque in the trees
Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)

No ano anterior, ainda como deputado federal pelo PSC, defendeu os rodeios como manifestação cultural, criticou a legislação ambiental do país e aproveitou para também criticar o total de famílias que eram beneficiadas pelo programa Bolsa Família.

Durante o pleito, o nome do presidente do presidente do Hospital do Câncer de Barretos, Henrique Prata, foi cogitado para assumir o Ministério da Saúde -o que acabou não se concretizando com a indicação de Luiz Henrique Mandetta.

Bolsonaro e Prata mantiveram contato durante os últimos anos. Como deputado, ele fez mais de uma visita ao hospital administrado por Prata, além de ter destinado emendas parlamentares para a instituição.

FESTA

As montarias em touro completam 40 anos na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. Ao final do Barretos International Rodeo, dia 25, o campeão sairá da arena de rodeios projetada por Oscar Niemeyer (1907-2012) levando como prêmio uma camionete de R$ 280 mil.

Apesar do sucesso de público, os rodeios são questionados com muita veemência por entidades de proteção animal, que afirmam que os animais sofrem tortura nas festas de peão, antes, durante e após serem usados nas montarias.

A principal queixa de associações como Amor de Bicho Não Tem Preço, Uipa (União Internacional Protetora dos Animais) e PEA (Projeto Esperança Animal) é o uso do sédem (cinta de lã que passa na virilha dos touros), mas não é a única.

Também fazem parte do cardápio de críticas a utilização de condutores elétricos (choque) nos animais e os excessos de luminosidade na arena (refletores e fogos de artifício) e de barulho (caixas de som e fogos).

"Essa prática deveria ser extinta. Que prazer há em ver o animal sofrer para a diversão de alguns?", questionou a ativista Claudia Carli, da Amor de Bicho.