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Segunda, 28 de julho de 2025

Neto do ex-presidente Figueiredo é preso nos EUA sob suspeita de corrupção

Paulo Figueiredo Filho é suspeito de integrar suposto esquema de pagamento de propinas a dirigentes do BRB

Divulgação -
Paulo Figueiredo
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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Autoridades americanas prenderam em Miami, na sexta-feira (2), o empresário Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do general João Baptista Figueiredo, último presidente brasileiro na ditadura militar (1979-1985).

Alvo de um mandado de prisão preventiva expedido na Operação Circus Maximus, da Polícia Federal, ele é suspeito de integrar um suposto esquema de pagamento de propinas a dirigentes do BRB, banco controlado pelo governo do Distrito Federal, em troca de recursos para a construção do extinto Trump Hotel, no Rio de Janeiro --hoje, batizado de LSH Lifestyle.

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Paulo Figueiredo (Foto: Divulgação)

O empresário era considerado foragido desde que a operação foi deflagrada, em janeiro. A prisão se deu porque ele foi incluído na lista de procurados da Interpol. A reportagem confirmou a prisão com investigadores.

Paulo Renato se associou em 2013 ao presidente americano, Donald Trump, para explorar o hotel de luxo, na Barra da Tijuca. A Trump Organization --propriedade do presidente americano-- cedeu sua marca até 2016, mas se retirou do negócio depois que ele passou a ser investigado.

Segundo documentos, ao menos R$ 16,5 milhões em subornos foram pagos a dirigentes do BRB para que liberassem recursos de fundos de pensão de estatais e de órgãos públicos, administrados pelo banco, e da própria instituição financeira para projetos que davam prejuízo e não tinham análise técnica adequada, entre eles o do hotel.

Os relatórios da operação sustentam que as propinas eram pagas por meio de entregas em dinheiro vivo.

De acordo com esses documentos, uma fornecedora da obra do hotel simulava a prestação de serviços e emitia notas fiscais frias com o objetivo de acobertar a saída de recursos para os pagamentos ilícitos.

A PF afirma que os sócios do empreendimento, entre eles Paulo Renato, sabiam do esquema e enriqueceram indevidamente com ele.

A reportagem não conseguiu localizar representantes da defesa de Paulo Renato.