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Justiça autoriza quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro e Queiroz, diz jornal

A quebra de sigilo atinge também outros 88 assessores e esposa de Flávio

Reprodução Instagram -
Devido a postagens de apoio ao clã Bolsonaro, o promotor Claudio Calo desistiu de investigar movimentações financeiras suspeitas de Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro na Alerj: caso será redistribuído pela Central de Inquéritos do Ministério Público do Rio
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A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.
A decisão é do dia 24 de abril e foi divulgada nesta segunda-feira (13) pelo jornal O Globo.
A autorização atinge também 88 ex-assessores de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), a mulher e a empresa do senador, pessoas e firmas que fizeram transações imobiliárias com ele.
A quebra de sigilo bancário e fiscal é o primeiro passo judicial da investigação sobre Queiroz após 500 dias do relatório do Coaf apontar uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta bancária do ex-assessor de Flávio.

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Devido a postagens de apoio ao clã Bolsonaro, o promotor Claudio Calo desistiu de investigar movimentações financeiras suspeitas de Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro na Alerj: caso será redistribuído pela Central de Inquéritos do Ministério Público do Rio (Foto: Reprodução Instagram)

Segundo o jornal, o período da quebra é de 2007 a 2018, período em que Queiroz esteve vinculado ao gabinete de Flávio.
Fazem parte do rol dos investigados as filhas do ex-assessor, Nathalia e Evelyn Queiroz, ambas ex-assessoras de Flávio. Também tiveram quebrados os sigilos Raimunda Veras Magalhães e Danielle Nóbrega, mãe e mulher do ex-PM Adriano da Nóbrega, foragido acusado de comandar uma milícia na zona oeste do Rio de Janeiro.
Também são alvos os norte-americanos Glenn Dillard, Paul Maitino e Charles Eldering, ligados a dois imóveis em Copacabana adquiridos e vendidos pelo senador. Na transação, ele lucrou R$ 813 mil num período menor do que um ano e meio.
Também é alvo do procedimento a MCA Participações e seus sócios. Como a Folha de S.Paulo revelou em 2018, o senador vendeu para a empresa salas comercias adquiridas 45 dias antes, com um lucro de mais de 200%.