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Atos em defesa da edução pelo Brasil

Este é o segundo dia de protestos contra os cortes anunciados pelo governo federal para o setor

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Atos em defesa da educação estão sendo realizados em diversas cidades brasileiras nesta quinta-feira (30). Ao menos 46 municípios de 15 estados e do Distrito Federal onde as manifestações ocorrem pelo país. 

Este é o segundo dia de protestos unificados pelo país contra os cortes anunciados pelo governo federal para o setor.

Porto Alegre

Em Porto Alegre, o ato desta quinta-feira (30) contra os cortes na educação ocorre na Esquina Democrática. É um lugar tradicional de atos políticos da capital gaúcha, lembrada especialmente pelos protestos contra a ditadura militar.
Ali, porém, ocorriam também protestos nas décadas anteriores. Em 1954, quando o ex-presidente Getúlio Vargas se suicidou, uma multidão tomou o espaço. O cruzamento da Rua dos Andradas e Avenida Borges de Medeiros é tombado pela prefeitura desde 1997, por sua importância histórica.
Já o ato do último domingo (26) que ocorreu em defesa do governo Bolsonaro, e desde os protestos contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), são realizados no Parcão, o Parque Moinhos de Vento. A região é de moradores de classe alta, com clubes sociais de elite e hotéis de alto padrão.
No período do impeachment, os protestos da esquerda ocorriam especialmente na Redenção, o Parque Farroupilha, entre o Bom Fim e a Cidade Baixa, bairros que concentram estudantes universitários e ligados ao campo progressista.
Os protestos da direita passaram a ocupar o Parcão, frequentado especialmente pelos moradores de bairros próximos.

Brasília

O ato contra os cortes no MEC (Ministério da Educação) em Brasília reúne nesta quinta-feira (30) 1.500 pessoas em frente à Biblioteca Nacional, segundo estimativa da Polícia Militar do Distrito Federal.
De acordo com a corporação, a estimativa foi feita às 11h. "Haverá interdição de vias conforme a necessidade do ato", diz a Secretaria de Segurança Pública do DF, em nota.
Embora o ministro Sergio Morro (Justiça) tenha acatado o pedido do titular da Educação, Abraham Weintraub, para disponibilizar homens da Força Nacional de Segurança para proteger o prédio do MEC, no momento não há membros desse efetivo em frente ao edifício do ministério.
A segurança do prédio do MEC, que fica do lado oposto na Esplanada dos Ministérios ao local onde ocorre a manifestação, é feito no momento por um pequeno número de policiais militares.
O ato ocorre com o apoio da UNE (União Nacional dos Estudantes) e UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e de sindicatos dos professores.
Os manifestantes trazem cartazes como "a minha arma é a educação", "eu defendo a UnB (Universidade de Brasília)" e "educar é investir, cortar é regredir."
No ato, os organizadores que discursam do carro de som também criticam a reforma da Previdência e pedem a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

São Paulo

Em São Paulo, o segundo protesto em defesa da educação, a ser realizado nesta quinta-feira (30), mudou de endereço. Em vez da tradicional concentração no vão livre do Masp, na avenida Paulista (centro), o ato será realizado a partir das 16h no Largo da Batata (zona oeste).
Cerca de 19 mil pessoas confirmaram presença na página da UNE (União Nacional dos Estudantes) nas redes sociais.
Além das linhas de ônibus, o local poderá ser acessado pelo metrô, por meio da linha 4 amarela. No Largo da Batata está localizada a estação Faria Lima. A ViaQuatro, concessionária que administra o trecho, informou que, em caso de aumento na demanda, reforçará a sua equipe de segurança, adotará estratégia de reorganização de fluxo e aumento da oferta de trens.

Primeiros atos

Os primeiros atos ocorreram em 15 de maio, quando ao menos 222 cidades dos 26 estados e do Distrito Federal tiveram protestos em favor da educação.

No último domingo (26), foram registrados protestos em prol as medidas anunciadas pelo governo e também em favor de medidas como a reforma da Previdência por  mais de 156 cidades brasileiras.