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Mulher com camisa de Marielle Franco é perseguida e hostilizada em SP

Mulher teve que ser protegida da ira dos manifestantes

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Uma mulher vestindo uma camiseta com o nome da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), assassinada em março de 2018 no Rio de Janeiro, foi hostilizada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL), na avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (26). Dinah Caixeta caminhava onde aconteciam os protestos a favor do presidente quando foi abordada por manifestantes.

"Eu fui falar para o cara fazer a campanha para achar o Queiroz e aí eles começaram a se inflar. Achar o Queiroz, porque o Sergio Moro não sabe onde o Queiroz está", disse Dinah Caixeta. "Porque eu falei para o Sergio Moro achar o Queiroz, porque ele sabe tudo da namorada do Lula e não sabe nada do Queiroz", disse.

Fabrício Queiroz, mencionado pela mulher, é o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente da República, investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por movimentação atípica de mais de R$ 1,2 milhão em um ano em sua conta. Há a suspeita de que Queiroz estivesse lavando dinheiro.

Dinah passou a ser ofendida por homens e mulheres que participavam dos protestos. A polícia militar fez um cordão para protegê-la, já que alguns dos manifestantes estavam chegando perto de maneira agressiva. Ela foi escoltada por cerca de 400 metros até chegar a um ponto de táxi.

Após ela entrar no carro alguns manifestantes bateram no vidro do veículo e proferiram novas ofensas à mulher.

"Uma sociedade só se faz com o contraditório. O fato de eu não concordar não significa que eu sou contra eles, é questão de opinião, de ideias, ele (Bolsonaro) está criando este monstro de lobo, imagine esta gente com armas", disse Dinah.