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Ouro Preto e Nova Lima têm remoções

Douglas Magno / AFP -
A Tuv Sud atestou a segurança da barragem em Brumadinho, tragédia que deixou cerca de 300 mortos
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A Vale informou que a desocupação da Zona de Autossalvamento (ZAS) das barragens Vargem Grande, do Complexo Vargem Grande, em Nova Lima (MG), e Forquilha I, II e III e Grupo, na Mina Fábrica, em Ouro Preto (MG) exigirá a remoção de cerca de 125 pessoas. As Zonas de Autossalvamento (ZAS) são aquelas que, de acordo com os especialistas, são mais rapidamente atingidas pela lama em caso de rompimento das barragens.

Desde a tragédia de Brumadinho, cujo o rompimento de duas barragens da Mina de Córrego do Feijão caminha para deixar mais de 300 mortos, a empresa já removeu, com o auxílio da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, moradores e empresas dessas áreas de cinco barragens. Restam três das oito que figuram como de maior risco ao lado das de Brumadinho nos relatórios de risco da empresa que foram anexados pelo Ministério Público na Ação Civil Pública (ACP) contra a empresa: Menezes II, em Brumadinho, e Capitão do Mato e Taquaras, em Nova Lima.

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A Tuv Sud atestou a segurança da barragem em Brumadinho, tragédia que deixou cerca de 300 mortos (Foto: Douglas Magno / AFP)

De acordo com a empresa, não houve alteração nos parâmetros geotécnicos de nenhuma das estruturas, mas a decisão envolve outros fatores além dos riscos de morte em caso de rompimento. Do ponto de vista legal e regulatório, empresas responsáveis pela certificação das barragens, como a própria TüV Süd, que atestou a segurança da mina em Brumadinho, estão se recusando a auditar as barragens, o que aumenta o risco para a empresa e seus gestores. A Vale informou que está buscando no mercado outras empresas para fazer auditorias em suas estruturas.

No domingo, após determinar a desocupação da ZAS da barragem de B3/B4 no sábado à noite, a Vale informou que fará a remoção de pessoas ou evacuação emergencial imediatamente, caso haja necessidade. Até agora, a empresa também não informou qual será o procedimento de indenização ou compra das propriedades nessas regiões, onde também funcionam pousadas e estabelecimentos comerciais. (Estadão Conteúdo)


Exames detectam metais

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Três bombeiros que trabalham em resgate na área atingida pela barragem da Vale em Brumadinho foram diagnosticados com excesso de alumínio no sangue, conforme comunicado do governo de Minas Gerais na noite de hoje, 19. Um quarto agente teve cobre detectado no exame.

"Considerando a atividade de busca e salvamento vem sendo aplicado o protocolo de monitoramento da saúde em todos os profissionais, por meio da dosagem de metais no sangue e urina. Até o momento foram detectados três exames alterados para o parâmetro alumínio no sangue", diz o texto.

Segundo o governo, "cabe esclarecer que a alteração nesse parâmetro não significa intoxicação aguda por esse metal e essas pessoas permanecem assintomáticas. E seguindo o protocolo de monitoramento de sua saúde. É esperado que após a interrupção da exposição, os níveis de metal no organismo sejam normalizados".

O excesso de alumínio no organismo, segundo estudos recentes, mostra correlação com doenças com Alzheimer e alguns tipos de câncer. Pode haver ainda alterações crônicas de problemas intestinais e inchaço abdominal. As operações de hoje contaram com 181 bombeiros, de Minas e outros Estados.