A cirurgia para retirada da bolsa de colostomia do presidente Jair Bolsonaro (PSL) terminou na tarde desta segunda-feira (28), após quase nove horas.
O Palácio do Planalto afirmou que a cirurgia foi concluída com "êxito", e divulgou nota: "O boletim médico será divulgado tão logo seja autorizado pela equipe médica. Às 17h haverá briefing à imprensa com o porta-voz da Presidência da República, general Rego Barros, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo".
O procedimento começou por volta das 6h30. A previsão inicial da equipe médica era que a cirurgia levasse de três a quatro horas para ser concluída.
Aderências
Interlocutores de Bolsonaro justificam que a demora na cirurgia se deveu, principalmente, por conta de aderências existentes na região abdominal, detectadas durante a cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia.
Assessores palacianos ressaltam que "não houve intercorrências" durante a cirurgia e que, neste tipo de procedimento, "é normal" que ocorram atrasos.
De acordo com estas fontes, embora Bolsonaro tenha ido para o centro cirúrgico por volta das 6h30, ele só foi anestesiado às 8h15, com a cirurgia se iniciando logo depois. A operação acabou por volta das 15h30. Bolsonaro ainda permanece no centro cirúrgico.
Ataque
No dia 6 de setembro do ano passado, ao participar de um ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais, o então candidato à Presidência da República foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira. Com lesões nos intestinos delgado e grosso, Bolsonaro foi operado na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora e passou a usar uma bolsa de colostomia temporária. Transferido para São Paulo, ele foi novamente operado no dia 12 de setembro no Hospital Albert Einstein e ficou internado até o dia 29, quando recebeu alta.
Passadas 48 horas da cirurgia, Bolsonaro voltará ao trabalho, ainda no hospital, onde deve ficar 10 dias em recuperação. O hospital organizou um espaço para o presidente despachar.