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'Não existe passar a mão na cabeça de quem errou', diz Flávio Bolsonaro

Filho de presidente eleito afirma que não fez 'nada de errado', e que 'a mídia está fazendo uma força descomunal para desconstruir' sua reputação

Alerj -
Flávio Bolsonaro
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O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) publicou nesta quinta-feira (13) um texto nas redes sociais no qual afirma que não fez 'nada de errado' e que 'não existe passar a mão na cabeça de quem errou'. Flávio, que é filho do presidente eleito Jair Bolsonaro teve um ex-assessor citado em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras ( Coaf ) movimentando R$ 1,2 milhão. Entre as movimentações feitas por Fabrício Queiroz está um depósito de R$ 24 mil para a futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro , além de diversos saques em espécie.

O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) o relatório elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que aponta movimentação de R$ 1,2 milhão no período de um ano na conta de Fabrício.

Segundo o relatório, Queiroz fez, entre 2016 e 2017, saques que somaram R$ 320 mil. Ele trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro até outubro deste ano, com salário registrado de R$ 8.517 mil. O Coaf alega que as movimentações são "incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira" do ex-assessor.

Segundo Jair Bolsonaro, o cheque depositado na conta de sua mulher seria o pagamento de um empréstimo pessoal feito pelo presidente eleito, que é amigo pessoal da família. Bolsonaro disse que, por motivos de agenda e dificuldades para ir ao banco, pediu que o dinheiro fosse depositado na conta da esposa e que o valor total da dívida seria de R$ 40 mil, a serem pagos em parcelas de R$ 4 mil. Questionado sobre o porquê de não ter declarado o valor no imposto de renda, Bolsonaro disse: "se errei, arco com minha responsabilidade perante o Fisco".

O documento ainda apontou que R$ 159 mil dos R$ 320 mil sacados por Fabrício Queiroz foram retirados em uma agência localizada dentro do prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O relatório foi elaborado para auxiliar a Operação Furna da Onça, que investiga deputados estaduais do Rio de Janeiro sobre uma suposta compra de apoio em votações da Alerj, mas acabou descobrindo movimentações suspeitas que totalizam R$ 200 milhões em contas de 22 funcionários Casa, que não estão no âmbito da investigação.