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Onyx Lorenzoni nega outro repasse da JBS

No encontro, o presidente eleito afirmou que o "nosso partido é o Brasil"

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O ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, negou ontem que tenha sido beneficiado com um segundo repasse da JBS, em 2012. Ele reconheceu que houve, sim, um repasse em 2014, e disse ter admitido o erro publicamente. De acordo com o ministro, a informação veiculada na imprensa tem a intenção de desestabilizar o governo eleito Jair Bolsonaro.

“Não é a primeira vez que tentam me envolver em episódios de corrupção”, afirmou Onyx, após café da manhã com Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Sou um combatente da corrupção. Faz um ano que tentam destruir Jair Bolsonaro. Qual foi a resposta da sociedade? Uma vitória esmagadora.”

O jornal Folha de S. Paulo publicou ontem reportagem informando que planilhas da JBS detalham um suposto repasse, no valor de R$ 100 mil, para Onyx. É este repasse que o ministro negou ter recebido. No ano passado, ele confirmou ter recebido caixa 2 da empresa e disse ter sido “um erro”.

“Pelo o que eu sei, ele não é réu em nada. Não é réu em nada”, disse o presidente eleito Jair Bolsonaro sobre o ministro. Perguntado se confia no futuro ministro, Bolsonaro disse que “100%, eu só confio no meu pai e na minha mãe”.

Na entrevista, Onyx fez uma declaração, sem perguntas. Ele criticou duramente o jornal e disse que há uma articulação que “não dá trégua” ao governo Bolsonaro.

“No governo [eleito] não teve trégua. Todo dia teve alguém nos batendo. Não vão nos fragilizar. O que desejo é fazer uma transformação verdadeira do Brasil”, afirmou o ministro. “Vamos enfrentar com altivez qualquer tentativa de nos envolver com corrupção. Somos combatentes da corrupção.”

Onyx diz ter tatuado no braço o versículo bíblico, que está no livro de João (8:32): “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Segundo ele, é uma recordação do erro do recebimento do dinheiro da JBS em 2014 e seu reconhecimento para evitar novos deslizes.