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Quase 90% dos brasileiros consideraram injusto reajuste salarial do STF

Agência Brasil -
O reajuste para o STF foi aprovado por 41 votos a 16, com uma abstenção
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De acordo com pesquisa feita por questionário online e divulgada pelo Instituto Paraná Pesquisas nesta terça-feira (13), 89,4% dos brasileiros consideraram injusto o reajuste salarial concedido aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Apenas 8,1% dos que responderam ao questionário acham que o aumento foi justo. 2,5% não sabem ou não responderam. Para 89%, o Brasil não tem momento para arcar com o aumento. Já 7,8% responderam que sim, o País tem condições; 3,1% não sabem ou não opinaram.

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O reajuste para o STF foi aprovado por 41 votos a 16, com uma abstenção (Foto: Agência Brasil)

O Instituto Paraná Pesquisas entrevistou 2.008 pessoas via questionário online, em 170 municípios de 26 Estados. A pesquisa foi feita entre 9 e 11 de novembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais.

O Senado aprovou na última quarta-feira (7) projetos de lei que concedem aumento aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao procurador-geral da República. O reajuste altera o subsídio dos 11 integrantes do STF e da atual chefe do Ministério Público Federal, Raquel Dodge, de R$ 33,7 mil para R$ 39 mil e provoca um efeito cascata sobre os funcionários do Judiciário, abrindo caminho também para um possível aumento dos vencimentos dos parlamentares e do presidente da República.

Responsabilidade fiscal

Relator do projeto na CAE que havia emitido um parecer contrário ao texto, Ricardo Ferraço (PSDB-ES) disse que a matéria viola a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Constituição, já que não há dotação orçamentária suficiente para o aumento.

"O cálculo feito pela Consultoria do Senado dá conta de que esta matéria impacta as contas nacionais em torno de R$ 6 bilhões. E aí vale perguntar: como fará o estado quebrado e falido do Rio de Janeiro? Como fará o estado quebrado e falido do Rio Grande do Sul e até o de Minas Gerais? Porque existe o efeito cascata. Esse impacto trará aos nossos estados enormes consequências", questionou.

(Com Agência Brasil)