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STJ manda soltar Joesley Batista, Ricardo Saud e ex-executivos da J&F

MArcelo Camargo/ Agência Brasil -
Joesley Batista
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O ministro Nefi Corderio, do Superior Tribunal de Justiça, determinou a soltura dos colaboradores Joesley Batista, Ricardo Saud, Florisvaldo Oliveira e Demilton Castro, ligados ao Grupo J&F, presos na semana passada pela Polícia Federal, na Operação Capitu. A decisão atende ao pedido da defesa.

A defesa do empresário Joesley Batista havia formalizado no último sábado (10) pedido de revogação da prisão. A solicitação foi feita à desembargadora Mônica Sifuentes, que expediu os mandados no âmbito da Operação Capitu. Além do dono da JBS, foi preso pela Polícia Federal nessa sexta-feira (9) o vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB). A operação investiga o pagamento de propina a servidores e agentes políticos que atuavam no Ministério da Agricultura e na Câmara dos Deputados.

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Joesley Batista (Foto: MArcelo Camargo/ Agência Brasil)

Além de Joesley e de Andrade, que foi ministro da Agricultura no governo Dilma Rousseff, tiveram o pedido de prisão temporária expedidos o deputado estadual João Lúcio Magalhães Bifano (MDB), Marcelo Pires Pinheiro e Fernando Manuel Pires Pinheiro, Ildeu da Cunha Pereira; Mateus de Moura Lima Gomes; Mauro Luiz Rodrigues de Souza Araújo; José Francisco Franco da Silva Oliveira; Cláudio Soares Donato; Odo Adão Filho; Waldir Rocha Pena; Walter Santana Arantes; Rodrigo José Pereira Leite Figueiredo; Ricardo Saud; Demilton Antonio de Castro e Florisvaldo Caetano de Oliveira.

Ao todo, 63 mandados de busca e apreensão e 19 de prisão temporária foram cumpridos em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Paraíba e no Distrito Federal. Segundo a Polícia Federal, o grupo teria prejudicado a instrução criminal, ao tentar "desviar a linha de apuração adequada ao correto esclarecimentos dos fatos". “Eles omitiram informações de que as empresas teriam ocultado e destruído parte do material probatório. Há inclusive indícios de que foram destruídas provas no gabinete de um lobista. Outras provas foram escondidas. Ao omitir essas informações, eles prejudicaram a qualidade da colaboração”, afirmou o delegado Mário Veloso.