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Bolsonaro apoia filmagem de professores: 'Tem que se orgulhar e não ficar preocupado'

"Mau professor é o que se preocupa com isso aí", complementou

Fernando Frazão/Agência Brasil -
Jair Bolsonaro
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O presidente eleito Jair Bolsonaro defendeu, em entrevista à TV Band, que professores sejam filmados por alunos em sala de aula. "Professor tem que se orgulhar e não ficar preocupado. Mau professor é o que se preocupa com isso aí", disse. A polêmica veio à tona depois que a deputada estadual eleita em Santa Catarina pelo PSL Ana Caroline Campagnolo pediu nas redes sociais que estudantes catarinenses vigiem seus professores e denunciem "manifestações político-partidárias ou ideológicas".

Ana Caroline complementou que "professores doutrinadores estarão inconformados e revoltados" com a eleição de Bolsonaro, e estimulou que alunos filmassem os professores e mandassem o vídeo para ela, informando o nome do professor, o nome da escola e a cidade.

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Jair Bolsonaro (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O caso teve forte repercussão negativa, e a Justiça mandou a deputada eleita retirar das redes sociais as publicações, afirmando que a atitude feria diretamente o direito dos alunos de usufruírem a liberdade de expressão da atividade intelectual que deve ser exercida em sala de aula, independentemente de censura ou licença.

Enem

Bolsonaro também criticou questões do Enem, aplicado neste domingo. "É um vexame ver o que cai na prova do Enem". Para o presidente eleito, é preciso que se cobre "o que tem a ver com a questão do Brasil e da cultura". "Não tenho implicância com LGBT, mas uma questão de prova que entra na linguagem secreta de gays e travestis não medem conhecimento nenhum. Temos que fazer com que o Enem cobre conhecimentos úteis para a sociedade."

A questão abordada foi a de número 37 do caderno de Linguagens, que mostrava texto sobre "pajubá, o dialeto secreto dos gays e travestis" e pergunta por que "pajubá ganha status de dialeto, caracterizando-se como elemento de patrimônio linguístico".

"Ninguém quer acabar com o Enem, mas tem que cobrar ali o que realmente tem a ver com a história e cultura do Brasil, não com uma questão específica LGBT. Parece que há uma supervalorização de quem nasceu assim."

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