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Esquenta disputa pela presidência da Câmara

Eleição será em 1º de fevereiro, mas vários nomes já buscam apoio

Wilson Dias/Agência Brasil -
O presidente da Câmara será escolhido em votação aberta, logo após a posse dos parlamentares da nova legislatura
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O segundo turno ainda não terminou e lideranças partidárias já articulam a eleição para a presidência da Câmara a partir do próximo ano. Embora não faça parte das pautas das reuniões de bancadas, o assunto é discutido nos corredores da Casa, especialmente entre os partidos da ala da direita.

O DEM, que desde a pré-campanha vinha negociando a reeleição de Rodrigo Maia (RJ) com os demais partidos do Centrão, encontrou pelo caminho o novato Kim Kataguiri (SP), quarto mais votado no maior colégio eleitoral do país. Sem negociação com a cúpula do partido, o líder do Movimento Brasil Livre (MBL) pretende visitar os diretórios estaduais para conquistar votos.

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O presidente da Câmara será escolhido em votação aberta, logo após a posse dos parlamentares da nova legislatura (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Esta semana, em encontro patrocinado pelo governador eleito de Goiás Ronaldo Caiado, foi a Goiânia, tratar com a nova bancada do estado. O jovem parlamentar, que ainda não se apresentou à cúpula do partido, está em plena campanha, com o lema “Brasil potência, Kim na Presidência”.

Nos próximos dias, ele fará corpo a corpo com as bancadas eleitas dos estados do Nordeste. “Pretendo conhecer pessoalmente, ainda este ano, todos os deputados para apresentar as minhas propostas”, diz. O neófito garante que tem o apoio de importantes lideranças democratas. Mas sua campanha de Kim desagradou figurões do partido e integrantes do Centrão, que trabalham para eleger Maia.

Kim diz que tem também a simpatia do partido de Bolsonaro, a quem declarou apoio no segundo turno. “Conheço os parlamentares eleitos do PSL e trago em minha proposta de votação vários temas que estão no programa de governo do PSL, diz, citando como exemplo as reformas previdenciária e tributária.

Outro partido que trabalha para indicar candidato é o MDB. Ontem, o vice-presidente da Casa, Fábio Ramalho (MG), anunciou que submeterá seu nome à bancada. Esta semana, o líder do partido na Casa, Baleia Rossi, já havia declarado que o MDB indicará um nome. Segundo ele, o deputado Alceu Moreira (RS), integrante da bancada ruralista e um dos maiores impulsionadores da campanha de Bolsonaro no Sul, havia se apresentado.

Pela esquerda, embora as lideranças estejam focadas na corrida presidencial, deverá surgir um nome dos partidos que integram a “frente democrática de esquerda” que dá suporte ao petista Fernando Haddad no pleito – PSB, PC do B e Pros. “Este tipo de discussão não está sendo colocada neste momento. Certamente, quando sair o resultado das urnas no segundo turno, haverá o diálogo com todos os partidos e das negociações sairá um nome que represente a frente”, diz o vice-líder do PT, Afonso Florence (BA).

A eleição para presidência da Câmara será no dia 1º de fevereiro, logo após a sessão de posse da nova Legislatura, marcada para as 14h.