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Está na hora de o governo brasileiro apertar o cerco contra a CBF

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A prisão de José Maria Marin, ex-presidente da CBF envolvido em escândalo de corrupção na Fifa, deveria provocar por parte do governo brasileiro uma inspeção imediata na Confederação Brasileira de Futebol e seus contratos.

O caso que estourou nesta quarta-feira e é manchete em todo o mundo mancha mais uma vez a imagem do Brasil.

O Departamento de Justiça americano cita a CBF em suposto suborno pago em negociação da entidade com “uma grande marca esportiva americana”. A Nike é fornecedora da seleção brasileira desde os anos 1990.

A nota fala em um “esquema de pagamento de propinas” relacionado a contratos de marketing e transmissão de jogos da Copa. José Hawilla, dono do grupo Traffic, estaria envolvido nesses pagamentos, segundo o Departamento de Justiça americano.

Além de manchar internacionalmente a imagem do Brasil, o escândalo mostra que, mais uma vez, o país está sendo roubado, está sendo prejudicado em benefício de poucos que enchem seus bolsos com dinheiro de corrupção.

Como se não bastasse tudo isso, ainda há o escandaloso caso envolvendo a compra de Neymar pelo Barcelona, com indícios de que o dinheiro declarado tenha sido muito menor do que o efetivamente pago. Tudo isso implica em sonegação e danos para os cofres públicos também.

A Nike, o ex-presidente do Barcelona e todos os escândalos envolvendo o futebol brasileiro causam enorme prejuízo financeiro e moral ao Brasil. Não importa que a CBF seja uma entidade privada. A camisa roubada é a do Brasil, é a da pátria brasileira, e a verde e amarela.

Se o Departamento de Justiça dos EUA confirmar os envolvimentos da Nike e da CBF, o Ministério Público deveria imediatamente promover uma intervenção para pôr em pratos limpos esses contratos milionários.

Está na hora de o governo e as instâncias ligadas à Justiça do Brasil se debruçarem sobre a CBF e trazer à tona os casos nebulosos que se multiplicam na entidade.