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A Coca-Cola e os xingamentos a Dilma

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É triste assistir a uma empresa como a Coca-Cola Brasil, que em 2010 faturou no país R$ 17,7 bilhões, que deve faturar algo em torno de R$ 15 bilhões atualmente, e que ocupa a quarta colocação no ranking mundial da Coca-Cola - perdendo apenas para os Estados Unidos, o México e a China - ser uma das protagonistas dos desrespeitosos xingamentos dirigidos à Presidenta Dilma Rousseff, quinta-feira (12), na abertura da Copa do Mundo na Arena Corinthians.

Vale destacar que os Estados Unidos é o berço da Coca-Cola, no México seu custo é mais barato pela proximidade, e na China a população é quase sete vezes maior do que a do Brasil. Por isso, a quarta colocação do país no ranking mundial da Coca-Cola é ainda mais significativa, e mostra como o mercado brasileiro é favorável para seus lucros.

Das multinacionais patrocinadoras da Fifa, a Coca-Cola foi uma das que mais recebeu convites para o jogo de abertura da Copa. Dirigentes e convidados foram generosamente contemplados para participar da festa brasileira. Por tudo isso, é inadmissível assistir a estes convidados e dirigentes xingarem o presidente do país anfitrião. 

Imaginem se isso acontecesse nos Estados Unidos ou na China, com suas autoridades vendo seu presidente ser xingado num evento transmitido para 1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo? Que consequências isso teria?

É inaceitável que uma empresa devolva com xingamentos de baixíssimo calão os bilhões que fatura no território brasileiro.