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Protestos voltam a incendiar o país, como o 'JB' antecipou

Ano de Copa do Mundo e de eleições será marcado pelo povo nas ruas

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Os protestos de sábado (25), em São Paulo, comprovam o que o Jornal do Brasil já vinha antecipando em seus editorias: no ano da Copa do Mundo e das eleições, as ruas serão novamente tomadas por manifestos inflamados, sacudindo o país com palavras de ordem contra os governos, os altos gastos com a competição, a falta de investimento em infraestrutura e a falta de ética da classe política.

O ato intitulado "Não vai ter Copa", que começou com uma passeata, terminou com carros incendiados e depredações. Um recado direto às autoridades de que as ruas serão novamente tomadas, agora com o combustível de uma competição que atrairá os holofotes do mundo para o país, e de uma eleição que acirrará ânimos e colocará literalmente fogo no tabuleiro político.

Em editorial publicado no dia 30 de dezembro, intitulado Opinião - 2014 começará após a decisão do 2º turno, no dia 26 de outubro, o JB já previa:

"(...) paralelamente, o Brasil começará a viver a proximidade da Copa do Mundo. Contudo, o futebol, paixão do brasileiro, estará longe do povo, impossibilitado de assistir aos jogos devido aos preços exorbitantes dos ingressos. Joseph Blatter, que era um simples e medíocre funcionário da Fifa, que segurava o saco para que o então presidente, João Havelange, escondesse as supostas irregularidades, agora impõe humilhações ao Brasil, que vão de "chutes no traseiro" a determinar regras em nosso território, como se a Fifa mandasse no país. Regras e escândalos que já provocaram a ira da população, que foi às ruas protestar e promete mais manifestações no ano que está por vir." 

No dia 4 de novembro de 2013, outro editorial, intitulado A sucessão em poucas palavras, também já previa:

"O início de 2014 cria expectativas no cenário político, trazendo um clima de incerteza e de iminência de caos social no país."

Os protestos que voltam a ganhar força já em janeiro de 2014 dão sinais de que este ano será marcado pelas vozes nas ruas, pela indignação da população e pela exigência de ética, responsabilidade e comprometimento da classe política com a sociedade.