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Banco Mundial prevê risco em ano de eleição no Brasil. O leitor do 'JB' já sabia

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O Banco Mundial divulgou relatório na terça-feira, no qual alerta que o ano eleitoral no Brasil vai dificultar a implementação de medidas para manter o equilíbrio econômico no país. O Jornal do Brasil foi o primeiro veículo a antecipar esta tendência, em editorial publicado no dia 30 de dezembro de 2013.

"O ano novo, que na realidade não começa no dia 2 de janeiro, e sim no dia 6, encontrará o Brasil parado de férias. Em fevereiro, o batuque das escolas de samba fará mais barulho nos ouvidos do que os apitos das fábricas, com a economia parada.

"Quando chegarmos em meados de março, estaremos rezando na Semana Santa, e passaremos logo aos primeiros dias de abril, quando o Brasil poderá se surpreender com as agências de classificação de risco rebaixando títulos brasileiros.

"Com um país parado e as agências de risco desclassificando o Brasil, os candidatos da oposição poderão sentir pela primeira vez o crescimento dos seus índices de popularidade (...)"

"Nada pode prognosticar o que vai ser do Brasil no dia seguinte das eleições para presidente da República, em 26 de outubro (data do segundo turno). Teremos uma presidenta que não vai ter a necessidade de cooptar o Congresso, porque não disputará uma terceira eleição, e um Congresso que não se sentirá bem tendo seus projetos de lei vetados porque poderão incidir em processo inflacionário. Um Congresso que poderá não ter simpatia pelo Executivo, e um Executivo que vai ter que governar para entrar para a história, e terá que prescindir da demagogia", diz o editorial do JB, intitulado "2014 começará após a decisão do 2º turno, no dia 26 de outubro".

>> Veja aqui

A visão crítica e a busca por antecipar tendências representam um dos alicerces do JB, que tem como meta levar ao leitor, em primeira mão, as análises que traduzam o presente e prenunciem o futuro.

Na terça-feira (14), mais uma vez o JB saiu na frente buscando aprofundar e traçar um perfil do fenômeno batizado de "rolezinho", produzindo reportagem que não apenas relatasse o fato, mas o inserisse dentro do contexto das mobilizações e movimentos sociais.

>> Para sociólogos, jovens de "rolezinhos" buscam reconhecimento

Contudo, o perfil pioneiro e a busca pela informação qualificada não mereceu, do meio publicitário, uma contrapartida à altura. Pelo contrário. Ao longo de sua trajetória de 122 anos, o JB coleciona perseguições políticas e boicotes de anunciantes, que minaram sua saúde financeira e comprometeram seu desenvolvimento.

Mesmo assim, o JB mantém vivos seus princípios, sem abrir mão da análise crítica, da ética e da busca pela verdade. Nos próximos dias, um novo editorial alertará sobre a grande crise que o Brasil passará em 2015, alimentada pelo fato de que nenhum dos possíveis novos presidenciáveis poderá ter maioria no Congresso.