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Críticas do medíocre Blatter não mereciam respostas de nossos mandatários

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O currículo medíocre de Joseph Blatter não o credencia a fazer qualquer tipo de crítica à preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 2014. O suíço passou pela secretaria-geral da Federação de Hóquei de seu país nos anos 60 e foi diretor de cronometragem esportiva nos anos 70 - quando a seleção brasileira já levantava seu terceiro título mundial.

A partir dos anos 70, passou a ser funcionário da Fifa, jamais tendo destaque. Em 81 foi nomeado secretário-geral da entidade e em 1998 assumiu sua presidência.

Mas sua trajetória jamais o levaria à presidência se escândalos não tivessem afastado João Havelange e Ricardo Teixeira. Havelange queria que Teixeira o sucedesse, mas o desfecho acabou sendo outro. O curioso é que todas as denúncias de corrupção feitas remetem a uma época em que Blatter já ocupava cargo de destaque na Fifa. Contudo, ele diz que nada sabia e que nada fez...

As denúncias atingiram em cheio o futebol sul-americano, alvo preferido deste medíocre dirigente que teve de passar anos se submetendo a João Havelange. Agora, Blatter faz o Brasil passar por todos os tipos de humilhações, desde chutes no traseiro a impor regras durante a Copa do Mundo, como se a Fifa mandasse no Brasil. Nem os proprietários das cadeiras cativas do Maracanã foram respeitados pela tirania da entidade.

Como se não bastasse, durante o sorteio dos grupos da Copa - que, diga-se de passagem, deixou o Brasil numa péssima trajetória numa suposta segunda fase - Blatter fez questão de convidar ex-jogadores que ganharam projeção como carrascos do Brasil em outras Copas, como uruguaio Ghiggia e o francês Zidane.

Agora este senhor, com toda a sua arrogância, critica o atraso nas obras para a Copa no Brasil e ganha o destaque que não merecia, com as respostas do nosso ministro dos Esportes e da nossa presidenta. Quem tem que responder a ele são os homens da sua laia como, por exemplo, o presidente da CBF, José Maria Marin. Já que não serve para dignificar o futebol brasileiro, Marin poderia servir pelo menos como espantalho para hematófogos - que são os parasitas que se alimentam de sangue.

Blatter, que faz questão de andar fortemente escoltado no Rio, humilha a cidade até quando praticamente impede que a seleção jogue no Maracanã. O templo do futebol mundial poderá não ter jogos do Brasil na Copa por culpa de Blatter e da triste omissão do prefeito Eduardo Paes, que quer comemorar os 450 anos da cidade sem que o brasileiro veja jogos da seleção no Rio, cujo principal estádio sempre foi o berço do futebol.

Até Pelé, o maior de todos os tempos, admite que um jogador só realmente se consagrava quando se destacava nos gramados do Maracanã, eternizado como o Maior do Mundo e onde o Rei fez seu milésimo gol.

Na verdade, todas as humilhações impostas por Blatter ao Brasil estão bem de acordo e à altura de sua mediocridade. Somente homens inexpressivos como este dariam tanta prioridade a atos tão baixos diante da grandeza de uma Copa do Mundo.