Ministro Luiz Fux,
No momento que foi sorteado relator da nova fase do processo que leva o nome de mensalão, e em que repercute na mídia brasileira e na internacional uma grande expectativa para seu término, o magistrado não se faz de acanhado e abraça também outra grande ação onde o país assiste a milhares de centenas de crianças - futuro do país - sem poder estudar.
O JB tem certeza que a postura do magistrado é também de estadista preocupado.
A tristeza de alguns com a decisão do magistrado - de suspender o corte de pontos dos professores em greve até audiência de conciliação - identifica a falta de competência administrativa de um governante que prefere que o país tenha crianças sem aula, que se acirrem os ânimos da população contra o poder, para que o fogo esteja bastante aceso em plena Copa do Mundo, vésperas das eleições.
Todos sabemos como estará no Brasil, e principalmente no Rio de Janeiro, o ânimo da população - os mais carentes, como também é óbvio que a maior parte da população não poderá assistir ao esporte de sua predileção, já que os preços dos ingressos serão proibitivos para essa camada da população brasileira. Os governantes preferem deixar professores até lá fora de sala de aula e quem sabe até alguns desses alunos se transformando em black blocs.
Aí, com a população em convulsão, todos estarão contra os vândalos, e os escândalos ficarão em segundo plano. Eles, governantes, acham que não serão os alvos, e sim os black blocs.
O ministro Luiz Fux se antecipa como patriota para que esse incêndio não continue soltando labaredas por todo o país.
Não quer pôr água no fogo, mas fazer justiça para que os professores continuem a ser respeitados por seus alunos.