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Imprensa da Alemanha aponta 'dramática' lista de falhas na Vila Olímpica

Jornais lembram queda de ciclovia e citam falta de confiança nas obras

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A recusa da delegação da Austrália de dar entrada na Vila Olímpica no último domingo (24), mesmo dia em que a estrutura foi inaugurada em cerimônia com a participação de autoridades políticas e esportivas, virou notícia na Alemanha. A imprensa alemã fala da infraestrutura "espartana" e descreve o projeto como controverso e ligado à corrupção. 

"A Vila Olímpica foi aberta, e já apareceram os primeiros problemas", escreveu o site Sport1. Já o Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ) falou em uma  "dramática" lista de problemas, destacando a questão dos vasos sanitários quebrados, vazamentos, fiação à vista, escadarias sem iluminação e pisos sujos. As informações são Deutsche Welle.

"Os problemas ainda podem ser resolvidos?", questionou o Frankfurter Allgemeine Zeitung em matéria intitulada "Vila Olímpica 'inabitável'". De acordo com a Deutsche Welle, o mesmo título foi usado por outros veículos, como pela revista Der Spiegel.

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O Die Welt publicou que já havia preocupações em relação às acomodações "espartanas", mesmo antes da chegada dos primeiros atletas, e destacou que muitos quartos do condomínio ofereceriam "apenas armários de plástico".

"Em muitos cômodos, tudo o que se pode carregar foi levado por trabalhadores. Lâmpadas, espelhos e até tampas de vasos sanitários", apontou o Die Welt. "No último minuto, os zeladores têm que consertar defeitos ligados a água, gás e eletricidade."

Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ) chamou atenção ainda para o episódio da queda da ciclovia Tim Maia, em abril, que causou pelo menos duas mortes, a "profunda recessão no Brasil" e o "orçamento apertado". "Desde a queda de uma ciclovia construída para os Jogos Olímpicos, na qual dois homens morreram, a confiança na solidez das obras olímpicas caiu fortemente", frisa.

"As áreas externas, com piscinas, churrasqueiras e ciclovias são chiques, mas as parcas instalações poderiam fazer os esportistas se lembrarem de Esparta", completou.

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