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Após morte de general, Rússia lança quase 700 mísseis e drones contra Ucrânia

Bombardeio matou mulher em Kiev e criança de 4 anos em Zhytomyr

Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 23/12/2025 às 08:21

Alterado em 23/12/2025 às 11:58

Prédios residenciais bombardeados pela Rússia em Kiev Foto: Ansa / AFP

A Rússia lançou um maciço ataque aéreo contra a Ucrânia na madrugada desta terça-feira (23), com mais de 30 mísseis e 650 drones disparados contra alvos em todo o país.

Em publicação no Telegram, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que pelo menos 13 regiões foram atingidas e que "grande parte do território" nacional está em "estado de alerta antiaéreo".

"A Rússia está lançando um maciço ataque à Ucrânia, sobretudo contra nossa energia, nossas infraestruturas civis, praticamente contra toda a infraestrutura vital. Já foram lançados mais de 650 drones e mais de 30 mísseis", acrescentou Zelensky.

Segundo o presidente, o bombardeio deixou vítimas, incluindo uma mulher morta por um drone na região de Kiev e de um menino de quatro anos em Zhytomyr. Já as províncias de Rivne, Ternopil e Khmelnytskyi estão quase totalmente sem energia devido à ofensiva.

"O ataque sinaliza claramente as prioridades da Rússia. Um ataque antes do Natal, quando as pessoas simplesmente querem estar com seus entes queridos, em casa, em segurança. Um ataque em meio às negociações para pôr fim a esta guerra. Putin não consegue se conformar com a ideia de que precisa parar de matar. E isso significa que o mundo não está pressionando a Rússia o suficiente", ressaltou Zelensky.

Por sua vez, o Ministério da Defesa de Moscou disse ter lançado um "ataque com armas de precisão e longo alcance, terrestres e aéreas", contra "empresas do complexo militar-industrial ucraniano e as estruturas energéticas que apoiam suas atividades".

De acordo com a pasta, a ação foi "uma resposta aos ataques terroristas da Ucrânia contra alvos civis na Rússia". O bombardeio chega um dia depois do atentado com carro-bomba que matou o general russo Fanil Sarvarov, que chefiava o departamento de treinamento operacional das Forças Armadas.

Na noite da última segunda (22), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tenta mediar um acordo de paz entre os dois países, afirmou que as negociações "continuam", mas são atrapalhadas pelo fato de haver "ódio" entre as partes. (com Ansa)

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