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Trump ameaça Maduro: 'Se quiser bancar o durão, será a última vez'

Americano disse que seria 'inteligente' para venezuelano deixar poder

Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 23/12/2025 às 08:53

Alterado em 23/12/2025 às 11:29

Nicolás Maduro Foto: Reuters/Maxwell Briceno

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nessa segunda-feira (22) que seria "inteligente" para seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, deixar o poder, mas caso ele queira "bancar o durão, será a última vez".

O republicano, que desde meados do ano tem ameaçado o país sul-americano com tropas militares no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico que realizam ataques mortais a embarcações na região sob a justificativa de "combate ao narcotráfico", além do recente bloqueio da atividade petroleira de Caracas, foi questionado pela imprensa se tal pressão teria como objetivo forçar a saída de Maduro após 12 anos na presidência.

"Isso depende dele, do que ele quer fazer. Acho que seria inteligente se ele o fizesse", respondeu Trump, antes de acrescentar: "Se ele [Maduro] quiser fazer alguma coisa, bancar o durão, será a última vez".

A resposta do líder de Caracas não tardou a vir. Em um discurso na TV estatal, Maduro afirmou que "o presidente Trump estaria melhor no seu país e no mundo".

"Ele estaria melhor se se ocupasse das questões econômicas e sociais de seu país [EUA] e estaria melhor no mundo caso se ocupasse dos assuntos de seu país", explicou Maduro.

Hoje o governo venezuelano alertou que o bloqueio naval imposto por Washington à entrada e saída de navios petroleiros da nação sul-americana irá afetar o fornecimento de energia para Caracas, mas também poderá ter consequências globais.

"A energia não pode se tornar uma arma de guerra ou um instrumento de coerção política", diz uma carta assinada por Maduro.

"Se o uso unilateral da força, a execução de civis, a pirataria e a pilhagem dos recursos de Estados soberanos forem tolerados, o mundo caminhará para um cenário de confronto global de proporções imprevisíveis", enfatizou o chefe de Estado da Venezuela, instando uma ação mais incisiva por parte dos líderes regionais e das organizações internacionais.

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