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Alagamento no Louvre danifica cerca de 400 obras do Egito Antigo

Funcionários do museu anunciaram greve por 'descaso'

Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 08/12/2025 às 15:00

Alterado em 08/12/2025 às 15:00

Sala com antiguidades egípcias no Louvre Foto: Ansa/Epa

Um alagamento no Museu do Louvre, em Paris, danificou cerca de 400 obras da sala de Antiguidades Egípcias, informou a instituição nesse domingo (7), levando a uma greve de seus funcionários por “desprezo às emergências no edifício” histórico.

A inundação, registrada em 26 de novembro, ocorreu na sequência do roubo às joias imperiais da Galeria Apollo, em outubro, e do fechamento provisório da Galeria Campana por problemas estruturais há poucos dias.

Em nota, o Louvre informou que o novo incidente foi causado por um problema no sistema hidráulico que abastece o de aquecimento e ventilação da biblioteca, na Ala Mollien, o qual seria conhecido pelos responsáveis. Uma possível abertura incorreta de uma válvula teria provocado um vazamento em um cano no teto de uma das salas.

"Entre 300 e 400 obras foram danificadas", afirmou Francis Steinbock, vice-administrador do museu.

De acordo com o relato da instituição, a água que vazava dos canos invadiu a sala de Antiguidades Egípcias, "danificando seriamente periódicos de egiptologia e documentação científica" datados do final do século 19 e início do século 20.

Apesar de possíveis danos ao material, o Louvre descartou a hipótese de "perdas irreparáveis e permanentes" na coleção.

O mais recente problema na instituição parisiense levou à realização de uma greve por parte de seus funcionários, que poderá ser prorrogada a partir do próximo dia 15. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (8) por três dos principais sindicatos que atendem o museu, tendo como justificativa “o desprezo pela emergência no edifício” histórico por parte da direção do Louvre.

No último 17 de novembro, o museu, um dos maiores do mundo, anunciou o fechamento provisório da Galeria Campana, que abriga nove salas dedicadas à cerâmica da Grécia Antiga, devido a instabilidades nas vigas que sustentam os pisos do segundo andar.

Já em 19 de outubro, o Louvre foi alvo de um assalto. Na ocasião, quatro ladrões invadiram o espaço e levaram joias da Era Napoleônica, avaliadas em R$ 550 milhões.

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