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Reconhecer Palestina agora é 'contraproducente', diz a trumpista Meloni

Premiê rebateu decisão anunciada pelo presidente Macron

Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 26/07/2025 às 12:28

Alterado em 27/07/2025 às 14:19

Giorgia Meloni, a premiê italiana Foto: Ansa

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que é "contraproducente" reconhecer o Estado da Palestina neste momento, em resposta à decisão anunciada pelo presidente da França, Emmanuel Macron.

O chefe do Palácio do Eliseu disse que vai reconhecer formalmente a Palestina na próxima Assembleia-Geral da ONU, em setembro, de forma a aumentar a pressão para Israel interromper a guerra na Faixa de Gaza, onde a fome está se espalhando pela população.

"Acho que o reconhecimento do Estado da Palestina, sem que exista um Estado da Palestina, pode até ser contraproducente para o objetivo", declarou Meloni ao jornal italiano la Repubblica.

"Eu disse isso várias vezes no Parlamento, para a própria Autoridade Palestina [ANP] e também para Macron. Se algo que não existe é reconhecido no papel, o problema arrisca parecer resolvido, quando não está. Sendo muito favorável ao Estado da Palestina, não sou favorável a seu reconhecimento antes de um processo para sua constituição", acrescentou.

As falas da premiê foram criticadas por figuras da oposição, como o ex-primeiro-ministro e líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), Giuseppe Conte. "É uma desculpa vil que ignora o sistemático plano de extermínio e deportação com o qual o governo israelense sabota soluções em prol do princípio de dois povos e dois Estados. É um ato de subserviência para o criminoso de guerra Netanyahu", disse.

A Palestina já é reconhecida por mais de 140 países do mundo todo, incluindo Brasil, China, Índia e Rússia, mas não pelas principais potências ocidentais, como Alemanha, Estados Unidos, Itália e Reino Unido. (com Ansa)

 

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